::.. CARNAVAL 2017 - S. ROSAS DE OURO................................
FICHA TÉCNICA
Data:  25/02/2017
Ordem de entrada:  7
Enredo:  Convivium - Sente-se à mesa e saboreie
Carnavalesco:  André Machado
Grupo:  Especial
Classificação:  5º
Pontuação Total:  269,3 - [Vejas as justificativas]
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  Angelina Basílio
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  Mestre Rafael Gordinho
Intérprete:  Royce do Cavaco
Coreógrafo da Comissão de Frente:  Oyama Queiroz
Rainha de Bateria:  Ellen Rocche
Mestre-Sala:  Marquinhos Costa
Porta-bandeira:  Isabel Casagrande
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO
VERSÃO AO VIVO

COMPOSITORES: AQUILES DA VILA/ GUIGA OLIVEIRA/ FABIANO SORRISO/ JC CASTILHO/ MARCUS BOLDRINI/ SALGADO LUZ/ RAPHA SP/ VAGUINHO

 

O TEMPO VEM NOS ENSINAR

QUE A VIDA É PRA CELEBRAR

VIVER EM UNIÃO E HARMONIA

SER É A RAZÃO DE EXISTIR, AMAR É UM DOM

UM FRUTO A COLHER, VER A NATUREZA SORRIR

DESFRUTAR DA AMIZADE

MOMENTO DE GRANDE PRAZER

ESSENCIAL PRA SE CONVIVER

 

ARÁAYÉ A JE NBO

OLUBAJÉ A JE NBO

E UMA PORÇÃO DE FÉ

NÃO IMPORTA A RELIGIÃO

SALVE COSME E DAMIÃO

 

LINDAS CRIANÇAS A COMEMORAR

ETERNA LEMBRANÇA, UMA VELA ASSOPRAR

NO CALOR DO BRASEIRO A DOCE ILUSÃO

ACENDE A FOGUEIRA DO MEU CORAÇÃO

UM BRILHO NO OLHAR, SAGRADA ALIANÇA

O SINO A TOCAR, TRADUZ A ESPERANÇA

E SEMEAR O NOSSO PÃO DE CADA DIA

COM UMA PITADA DE AMOR

PARA A MISÉRIA ACABAR

SOMOS IRMÃOS EM COMUNHÃO

 

VEM SABOREAR, VAMOS BRINDAR

UM NOVO DIA

A ROSEIRA PÕE A MESA PRA VOCÊ

EU QUERO VER, UM BANQUETE DE ALEGRIA

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor: André Machado

Sinopse

Entre e sinta-se à vontade
Você é o meu convidado!
Tudo foi feito com muito carinho
Com cuidado, preparei o que há de melhor
Em detalhes, fui mais além
Me espelhei na vontade de quem têm
Assim como eu, emoção para dar

Então, não fique acanhado, divirta-se!
Temos bons motivos para brindar
Somos a Rosas de Ouro
Cujo maior tesouro, hoje é amar!
E já que o amor é um dos ingredientes
Apresento a você, majestosos banquetes
Afim de aguçar o seu paladar

Em tempos remotos
No antigo Egito um banquete foi
Oferecido a Osíris como pretexto para uma traição,
O Deus do deserto, seu irmão
Queria comandar todo resto que habitava na Terra,
Demonstrou a inveja que sentia
Ao colocar seu plano em ação
E atraído pelo festim, Osíris por demônios foi golpeado,
Seu corpo foi esquartejado em quatorze pedaços
Difíceis de reagrupar
Não fosse a magia de Isis,
Sua esposa que iria amar e gerar
Seu filho Hórus, o Deus sol
Que contra Seth, iria se vingar

Osíris tornou-se pai da fertilidade
Sinônimo de fartura e prosperidade
E só ele tinha a chave do paraíso
De onde julgava as almas dos mortos
Trazidas por Anúbis para a sala das duas verdades
Local em que era a maior das divindades
Que do chão fazia tudo brotar
E nos banquetes desde então preparados,
Passou a ser citado e reverenciado para o homem lembrar
Que a morte é derradeira,
Sendo a vida passageira, o certo é comemorar!

E assim, no Egito era feito
Viver era motivo de festa
E para essas reuniões animadas
As dependências eram lavadas
Ornamentadas com esmero pela criadagem
E a comilança geralmente pontuada
Pela presença do faraó
Num cerimonial de luxo e riqueza à sua chegada
Alimentos em abundância eram produzidos
Sobre recipientes de ouro apresentados
Ostentava-se Vinho, mel e frutas diferentes
Aves eram devidamente confeitadas
Marinadas em diversos tipos de azeites
Peixes, carneiros, “homus” e “tabule”
Pelas criadas servidos como de costume,
Trajadas com vestidos transparentes,
Plissados envolventes,
Circulando entre os convivas presentes
Oferecendo-os uma espécie de pomada
Colocada na cabeça para perfumar
Dançarinas e acrobatas se exibiam
Ao som de harpas e flautas, entretiam
Num verdadeiro espetáculo
Que não tinha hora para acabar

Na Grécia antiga os “Simpósios” também ocorriam
Intermináveis comemorações que uniam
O sagrado, o social e o político
E incluíam, como ritual característico,
A adoração a Deusa Demeter da agricultura
Que alimentava e protegia a terra da secura
Dando vida aos grãos, flores e frutos
Que ornamentavam com requinte absoluto
Estas pândegas alimentares
Regadas por bebedeiras dionisíacas
Que conferiam status há quem nelas estivessem
E honrarias aos felizes anfitriões
De tudo se discutia, nessas reuniões
Inclusive da própria existência
Da ascensão do homem e da aparência
Da razão e do amor
E Eros foi o assunto escolhido
Num Simpósio por Agatão, oferecido
O banquete de Platão
O mais nobre sentimento discursado
Com atento por poetas, exclamado
Alimentando a alma e o coração

Quando Roma viveu seu esplendor
Os banquetes simbolizavam poder
E se reunir para comer e beber, era o mote
Intrinsecamente ligado aos prazeres carnais
À luxuria e aos animados bacanais
Pois era assim que quase sempre terminavam
Na sala de refeição comia-se reclinado,
Até mulheres podiam participar
O exagero alimentar era patrimônio
Citado, inclusive, na sátira de Petrônio
No famoso banquete de Trimalquião
Cuja extravagância e fausto até então
Outra civilização jamais alcançou
Tão pouco os delírios de Apicius,
Que tendo os festins como um de seus vícios,
Na miséria acabou.
E esse apego ao “Convivium”
Comum entre os antigos romanos
Conferiu-lhes o prestígio de exímios anfitriões
Ditando regras e opiniões
Desde as entradas aos pratos principais
Determinando o “locus consularis”
E a etiqueta na mesa
Pequenas sutilezas pelas quais
São seguidas até os dias atuais

No convivium, os romanos celebravam a amizade
Comer em conjunto tinha mais validade
Do que na verdade, o próprio alimento
E este ensinamento
Que na China milenar já era seguido,
Por Confúcio foi difundido
Como ritual do bem servir
Da cozinha à mesa do jantar
Saber harmonizar era o essencial
Mas não valeria, se no final
Não tivesse a comida com quem dividir
Desfrutar em conjunto uma refeição
Era a maior demonstração de amizade
Capaz de contribuir com o bem da sociedade
E com a paz universal

Na era medieval
Mesmo perdendo a sofisticação recorrente
O Convivium continuava como símbolo eloquente
Na manutenção das relações afetivas,
Mas, acima de tudo, se fazia para ostentar riqueza,
Além de distinguir e de afirmar as classes sociais.
E nessa época comer deitado não era mais
Um dos hábitos principais da patuscada
E a comida que quase ofuscada
Pela bebedeira de praxe,
Ganhava pela carne a sua redenção,
E os guisados e novos métodos de cocção,
Inaugurava a era do forno.

A Europa que começava a olhar em torno
Introduziu nas suas receitas
Condimentos e temperos diferentes
Que a peso de ouro chegavam do oriente
Para a mesa daqueles que podiam pagar.
Os banquetes pela Idade Média seguiram
Divagando, inclusive, no imaginário popular
Tanto que não é difícil de acreditar
Na lenda que conto agora
Que ocorreu numa cidade austríaca
Ocupada pelo temível Lindwurm,
Dragão que aterrorizava qualquer habitante
Que se atrevesse por suas terras passar.
Foi então, que para se livrar da fera imperante
Numa ideia mirabolante, o rei mandou preparar
Por soldados, um “banquete” inusitado,
Um boi enrolado no arame farpado,
Para ser devorado pelo fatídico dragão
Que ao engolir o bródio então,
Desnorteado e engasgado morreu
E o povo, que andava triste, voltou a sorrir
E a fundação de cidade Klagenfurt se deu

Até o século XI, nos festins, ainda que vistos
Como sinônimos de refinamento e ostentação
Era habitual comer com as mãos
E como não, alimentar-se dessa maneira
Se o que estava sobre a mesa provinha de Deus?
Tanto que, apesar de existir a faca e a colher
Usar talher naquela época, não era conveniente
Até a princesa Teodora de Bizâncio utilizar de repente
Um objeto pontiagudo com dois dentes
Ao casar-se com Domenico Salvo, membro da côrte de Veneza.
Cidade que no final da Idade Média era considerada
O maior empório da Europa e da nobreza,
Centro do comércio de produtos vindos do oriente
Especiarias da Índia e porcelanas atraentes,
Insígnias da fidalguia.

Na idade moderna, quem diria
Fomentada pela demanda comercial,
Novas rotas marítimas foram traçadas
E quem tinha o domínio do mar, era Portugal
Que liderada por um tal de Cabral
Veio a descobrir o Brasil
Paraíso fecundo, primaveril,
Terra boa para o invasor explorar
Se por sorte não tivesse um fim trágico
Sendo parte de um banquete antropofágico
Costume da tribo Tupinambá
Onde gente devorava gente,
Mas não por uma fome aparente
Acreditava-se que vencendo o oponente
Seu poder seria adquirido
E assim, o índio não se sentiria exaurido
Para lutar contra a invasão.
Contudo, o nativo inocente foi vencido
Estava em curso o ciclo da cana-de-açúcar
O ouro branco por todos cobiçado
E até o africano que livre vivia
Em tumbeiros, foi trazido acorrentado,
Virando escambo, num triste legado
Adoçando com sangue e empenho,
Ao lavorar nos engenhos,
Os chás, os sucos e as sobremesas da monarquia.
E, não obstante, as agruras que sofria
Com as sobras dos banquetes dos senhores
O negro, como quem não quer nada,
Inventou a feijoada, tendo sua força revigorada
Amenizando os efeitos da escravidão.

Do outro lado do oceano, durante a Renascença
A Itália respirava prosperidade 
A cozinha italiana passou a ditar moda no mundo
Tanto que, ao casar-se com Henrique II,
 Catarina de Médici tratou de levar para França
 A elegância florentina personificada nos cozinheiros italianos
Considerados, não por engano, os melhores da Europa
Até surgir na França no século XVII, François Vatel,
Mestre dos prazeres e das festividades
Que encantava a todos com suas habilidades
Ao preparar verdadeiros espetáculos gastronômicos
Seu maior desafio era impressionar Luís XIV, o Rei-sol
E para isso, lançou mão de toda pompa e sumptuosidade
Para organizar um banquete da maior qualidade
No Château de Chantili, para três mil convidados
Que se fartaram com absoluta certeza
Com a mais fina comida francesa
Enquanto, Vatel, aflito perecia,
Esperando o pescado que não vinha,
Comprometendo o sucesso daquele festim.
Então, desesperado, preferiu em sua vida dar fim
Ao ter que passar pela vergonha do fracasso
Que nunca ocorreu

A idade contemporânea já existia
Quando em 1877, a humanidade conheceria
O mais grandioso banquete da história
Que ocorreu na Índia em homenagem a Rainha Vitória
No período conhecido como Raj Britânico.
Nessa época, o pensamento do povo sobre o regime era antagônico
Até que rebeliões foram contidas por todo país.
Foi então que o Vice-Rei da Índia, Lorde Lytton
Para conferir a Rainha britânica, o título de imperatriz
Resolveu preparar, em Délhi, um banquete sem igual,
Para receber a majestade em questão, além de príncipes e marajás
Que se empanturraram durante sete dias divinais,
Com tamanha fartura e opulência.

No Brasil, em 1889,
Os salões do Palácio da Ilha Fiscal,
Engalanados de puro glamour  
Foram palco de um extraordinário festim
Farto de toda sorte de comida, enfim
Que marcou o fenecimento da Monarquia.
A referida comilança que incidia, foi oferecida
Aos oficiais do Cruzador Chileno Almirante Cochrane
Pelo Visconde de Ouro Preto
Como um luxuoso panfleto contrário as ideias republicanas,
Porém, aristocracia carioca que estava em polvorosa
Aguardava mesmo de forma calorosa
A chegada da Família Imperial
Que por sinal, foi o centro de toda a atenção
 D. Pedro II, quase numa alusão ao que estava por vir,
Escorregando chegou a cair no chão
Enquanto a Princesa Isabel, que aproveitou o ensejo
Para celebrar, com Conde d’Eu, sua boda de prata,
Ostentou as joias e o vestido mais bonito da nata
Que vivia todo seu esplendor naquela noite telúrica
Até, dias depois, ser Proclamada a República.

Nesta época, já tinha sido abolida a escravatura
E os negros marginalizados pela sociedade àquela altura
Tiveram que subir paras os morros, para viver em pequenas comunidades
Onde puderam, só assim, manifestar
Entre outras coisas, a sua religião, o Candomblé.
E nele uma lenda diz que Xangô
Vaidoso rei de Oyó, sentindo-se só
Resolveu, em seu palácio, dar uma grande festa,
Convidando todos os Orixás, menos Obaluaê.
Com toda pompa a festança seguia animada,
Até a ausência do rei da terra ser notada
E pelos deuses, descoberto que ele havia sido,
Por Xangô, repelido,
Para que sua aparência não assustassem os convivas.
Foi então, que em represália a festa, os Orixás a abandonaram
E ao encontro de Obaluaê rumaram
Para lhe pedir desculpas do ocorrido
E mesmo muito aborrecido, ele os perdoou
Contudo, apenas com uma condição surpreendente
Ofereceria anualmente, um imenso banquete
Onde todos os Orixás fossem reverenciados
Com vinte e uma comidas diferentes
Na casa de Obaluaê, num ritual sagrado, denominado Olubajé

E para quem tem fé, liturgicamente,
Convivium é sinônimo de comunhão
Entretanto, muito mais do que dividir o pão
Sentar-se à mesa não é só apropriar-se do alimento
É, com o irmão trocar conhecimento,
Palavras da salvação.
Seja na Bíblia, na Torá ou no Alcorão,
Os festins religiosos, curiosamente,
São antecedidos de jejuns ou abstinências,
Sendo quase uma recompensa,
Para os obstinados em questão.
Tanto que os mulçumanos em três dias de comemoração
Celebram com um banquete o fim do Ramadã.
Já os Judeus no afã da sua tradição,
Festejam num jantar especial o“Pessach”,
O dia da sua libertação.
E os cristãos, que na semana santa só come pescado
Tem na páscoa um domingo abençoado
Onde a família reunida numa mesa animada
Celebra o renascimento da vida
Com ovos de chocolate para garotada

Os banquetes fazendo parte do nosso cotidiano
Desde a infância são apresentados
E pela criançada à felicidade, associados
Quando feitos, principalmente, em datas especiais
E dizem os mais velhos que a sorte se traz
Se a primeira festinha de palhaço for
Com lembrancinhas enfeitadas com amor,
Além de salgados, docinhos e refrigerantes,
Bolo para o aniversariante a vela apagar
E com o primeiro pedaço homenagear
O seu amigo mais chegado.
Sendo a ele até um dia confiado,
A dançar a valsa com a debutante
Ou ser padrinho de um casamento elegante
Onde talvez comerá um delicioso bem-casado
Nesse mais que aguardado festim familiar.

Nas festas juninas também tem muita comilança,
Comidas típicas de encher a pança
Tem doce de abóbora, pé de moleque, tapioca
Cocada, pamonha, canjica e paçoca,
Tem milho cozinho para assar na brasa da fogueira
E para quem é da bebedeira, vinho quente e quentão
Tem doces com fartura que só perdem em quantidade
Para os banquetes dos meninos São Cosme e São Damião
Coisa que a molecada feliz de montão, agradece.
Tanto quanto, o banquete que na noite natalina acontece
Para celebrar a família reunida em volta da mesa,
Admirar a árvore enfeitada com total delicadeza,
Presentear o amigo que logo deixou de ser secreto,
Desconfiar do avô vestido de Papai Noel,
Esperar a chegada do menino Jesus,
Servir-se de rabanadas, panetones e perus
Nozes, castanhas e o mais importante
Do contagiante espírito de Natal.
A alegria se renova na semana seguinte
Na ceia que acontece na noite de réveillon
Não se sabe se é mandiga ou superstição
Tem gente comendo lentilha trepado na cadeira
Com doze uvas contadas na mão,
Fulano de branco pedindo paz
De amarelo, outros querendo tesouro
De azul e rosa, tem sambistas cantando Rosas de Ouro
Na contagem regressiva do ano vindouro
Já sonhando com o carnaval.

Numa cidade como São Paulo que não para
Muitos aderem o fast food na correria
Pela praticidade ou até pela companhia
Não deixando, portanto, de ser uma ótima opção
Comer esfiha é muito mais!
E China na caixa, muito, muito, muito!
Tem lanche feliz que dá brinde para criançada
Tem pizzaria que entrega rápido em casa
Matando a fome de todos que lá estão
E para quem não acha que isso é um banquete
Aqui serve um pequeno lembrete
Tem gente passando fome ao relento
Enquanto outros desprezam o alimento
Agravando a situação
A vida não está fácil para ninguém
Ostentação é coisa do passado
A cesta básica virou artigo de luxo
O arroz com feijão está ameaçado
Por isso proponho uma nova santa ceia
Onde a solidariedade e a compaixão são os pratos principais
De um banquete onde não haverá desperdício
Muito menos discriminação social
Então, sente-se à mesa e saboreie
Você é o nosso convidado especial
E se não gostar do que aprontamos, não faz mal!
Continuaremos tentando
Por você, pelo seu amor, pelo carnaval!

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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