::.. CARNAVAL 1998 - G.R.C.B.E.S. BRINCO DA MARQUESA................................
FICHA TÉCNICA
Data:  23/02/1998
Ordem de entrada:  8
Enredo:  Noites Africanas em Terras Brasil
Carnavalesco:  não consta
Grupo:  2
Classificação:  6º
Pontuação Total:  186,0
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  não consta
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  não consta
Intérprete:  não consta
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  não consta
Porta-bandeira:  não consta
SAMBA-DE-ENREDO

UNIDOS DE VILA MARIA
COMPOSITORES: IVAN/ TONINHO BLACK POWER/ ROBSON

 

NOITES AFRICANAS

EM TERRAS BRASIL

O BRINCO DA MARQUESA

NA AVENIDA

E A HISTÓRIA COMOVIDA

QUE A MAÇONARIA INTERVIU

 

A NOSSA MENTE VOA, VOA, VOA

ATÉ MIL SETECENTOS E SETENTA E SEIS

A INDEPENDÊNCIA ERA FORMADA

CONTRA O DOMÍNIO PORTUGUÊS

NA FAZENDA SÃO BERNADINO

UM SONHO DE MENINA SE REALIZOU

 

TINHA FESTA, COMIDARÍA

E O NEGRO BATUCAVA O SEU TAMBOR

 

A BARONESA JOAQUINA CONSTRUIU

UM MODELO DE SENZALA NO BRASIL

ONDE O NEGRO TRABALHAVA COM ALEGRIA

TINHA SALÁRIO E A SUA ALFORRIA

MAS A FESTA ERA O PONTO PRINCIPAL

 

O REI NEGRO E SEU CORTEJO

DANÇAVAM PARA A CORTE IMPERIAL

 

VESTIDOS BRANCOS, ROUPAS COLORIDAS

O SOM DOS TAMBORES PAIRAVAM NO AR

E A REALEZA FELIZ VIDA

PEDIA PARA A FESTA NÃO ACABAR.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autora: Maria Clotilde Inácio

 

ABERTURA

Esta é uma homenagem àqueles que num passado não muito longínquo, na época sangrenta da escravidão, reconheciam o verdadeiro potencial do negro, pois sabiam que o povo negro na Mãe África era Rei. Uma boa parcela dos donos de terras desta nação, pensavam da mesma forma que a Baronesa Joaquina que será a personagem central de nosso conto, porém esta é uma ficção, mas ao colocá-la no papel sentimos que, em algum lugar deste país, com certeza estas cenas se desenrolaram.

HISTÓRICO

Século XVIII, ano de 1776, enquanto a América do Norte lutava para consolidar sua independência, no Brasil este assunto era tratado na surdina, nas casas maçônicas tramava-se contra o julgo imperial português. Nossa mente voa e nos leva a fazenda São Bernardino, hoje terras que fazem parte da baixada fluminense. Terras da Baronesa Joaquina Fernandes Ribeiro, mulher de nacionalidade portuguesa que as cinco anos de idade chegou ao Brasil. Criada na corte do vice reinado, nunca se conformou com a doutrina escravocrata imposta pelo império sob as bênçãos da Igreja, em razão disto, seus escravos eram tratados como assalariados e todos recebiam pelo trabalho realizado, sendo lhes dado também casa, comida e após 15 anos de trabalho a carta de alforria, porém muitos continuavam a morar na fazenda. Em contrapartida, a grande massa negra que vivia em situação de escravo em outras fazendas, não viviam mais de 10 anos e os que conseguiam se tornavam imprestáveis, viravam um trapo humano.

A senzala era um prédio de dois andares, branco com faixas em azul, amarelo e com detalhes vermelho. No porão eram guardadas as sacarias para consumo, no primeiro andar ficavam os alojamentos dos solteiros, sendo que dividido em duas alas, a masculina e a feminina, no andar superior ficavam os casados com as crianças de onde podiam vislumbrar logo à frente um grande pátio cercado com magníficas árvores e bela vegetação rasteira. Os homens se dividiam em grupos com o comando de um líder que funcionava como um capataz, o mesmo sistema era empregado com as mulheres que trabalhavam na casa grande, onde residia a Baronesa Joaquina em companhia de duas sobrinhas.

Com este pensamento, a Fazenda São Bernardino era a mais próspera da região e de toda capital imperial. A Baronesa era amada e respeitada pelos negros e pelos brancos, mesmo os escravocratas a respeitavam em razão de sua forte influência junto ao vice rei. A Baronesa gostava das festas negras. Uma vez por ano patrocinava uma grande festa que pela suntuosidade foi apelidada de "Noites Africanas em Terras Brasil", momento em que os negros se enfeitavam de penas, colares e contas coloridas, fazendo decorações em desenhos geométricos em aparatos de vime, além de mastros com tecidos coloridos. Um grande toldo feito de juta era colocado no centro do pátio, simbolizando uma aldeia na África, embaixo ficava o rei com suas esposas no comando da festança que durava três dias. O Rei era o trabalhador que se destacasse na produção, bem como as esposas.

A festa simbolizava a fartura e começava com um grande cortejo. Casais vestindo batas em vermelho e branco, carregavam tochas acesas fazendo a abertura, logo após encontravam com um grupo de bailarinos vestidos em azul e branco e com as crianças, todas vestidas de branco. Após o encontro dos três grupos a festa acontecia com muita comida e bebida, danças, cantos, todos ingredientes ao som dos tambores e instrumentos à base de bambu.

A festa seguia com muita alegria e paz. Aquele pedacinho de São Bernardino se transformava em território África com a participação da Baronesa, suas sobrinhas e convidados da corte. As festas aconteceram até o alvorecer do século XIX, quando o vice rei foi trocado e a baronesa deu alforria a todos seus escravos.

Os escravos libertos, já que possuíam alguns recursos, seguiram para o centro-oeste do país, desbravando terras e se estabelecendo. A Baronesa foi viver seus últimos dias em Portugal.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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