::.. CARNAVAL 2012 - S.E.S. T.U.P.................................
FICHA TÉCNICA
Data:  20/02/2012
Ordem de entrada:  1
Enredo:  Akuti, Cuty e Acutia: terra de encontros e partidas. Parceiro do desenvolvimento e celeiro da natureza... E a TUP em verso e prosa vem cantar !
Carnavalesco:  Wagner Colzatto
Grupo:  1A
Classificação:  9º
Pontuação Total:  255,4
Nº de Componentes:  1100
Nº de Alegorias :  4,
Nº de Alas :  15
Presidente:  Ricardo Boehlert
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  Mestre Marcio
Intérprete:  Agnaldo Amaral
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  Urbino
Porta-bandeira:  Carlinha
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO

Nova pagina 2
COMPOSITORES: Marcio Pessi/ Calado/ Chitão/ Edson Dafféh


Terra mãe…
celeiro da natureza, fonte de rara beleza
Ponto de encontro tradicional
Por ter os boiadeiros, bandeirantes
Índios, brancos, negros, miscigenação
Surge um povoado, cujo destino é vencer
Da revolução fundamental contra a força imperial
Segue na estrada da evolução, imigração

Com amor eu vi plantar a vida
Do trabalho vi colher riquezas
Grande polo a brotar e semear
Pela Raposo o futuro a chegar


Desenvolveu, modernizou e ensinou a tecnologia
Preservou tua cultura popular
Também pensou na ecologia, em qualidade de vida
Progresso, turismo na região
O meu orgulho é te ver brilhar
Em verso e prosa, Cotia para sempre vou te amar

Sou TUP guerreira
É verde e branco a minha bandeira
És o meu manto sagrado
Eternamente estarei sempre ao teu lado.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor: Não Informado

Cotia tem muita história para contar... Porque a história do Brasil passou por Cotia, nos pés descalços dos indígenas, do cacique Tibiriçá, do patriarca João Ramalho e de Bartira; nas sandálias dos primeiros jesuítas, nas mãos e no suor de brancos, índios e negros, nas botinas amarelas dos intrépidos Bandeirantes, nos cascos das tropas e dos ágeis tropeiros; na voz firme e decidida de regente Diogo Antônio Feijó, defendendo e construindo a dignidade da nação; na caneta e na vida criativa e atribulado de Manoel Baptista Cepellos, poeta paradigmático e cantor dos bandeirantes; nos braços e na inteligência dos imigrantes que aqui viveram, lutaram e amaram; e de todas as raças de gente honesta, dedicada e trabalhadora, que há séculos aqui vive, sendo testemunho da história... Uma das mais antigas localidades do planalto paulista, está no caminho do desenvolvimento ligando o interior dos estados, principalmente do Sul e Oeste do Brasil, nos tempos heroicos em que tudo começava e tudo era muito difícil.

Povoado de beira de estrada e de etnia miscigenada de índio, branco e negro nasceu em 1580, no alto de uma colina, próxima ao aldeamento de índios guaianás e tupiniquins de Akuti e liderados pelo cacique Tibiriçá, na campina do Capiapiá, no sertão Carapicuibano; nome que em tupi guarani significa (casa/ponto de encontro); e que mais tarde passou a se chamar de Cuty e depois Acutia. Localizado em uma colina à margem esquerda do Rio Cutia, afluente do Rio Tietê, que no século XVII passa para o lado direito do rio, no sertão Itapecericano, onde se encontra até hoje na atual Praça da Matriz; ponto de parada obrigatória por ser um local estratégico e seguro de tropeiros e boiadeiros vindos do Sul e do Oeste do país transportando alimentos e gado para o planalto. Terra mãe, celeiro da natureza que contava com alguma estrutura de apoio; uma pousada de sapé para protegê-los das intempéries e proporcionando lhes descanso e alimentação, e de onde também partiam as Entradas e Bandeiras, lideradas por Antônio Raposo Tavares que junto com sua família e seguidores se estabelecem no povoado transformando-se em agentes decisivos para o progresso da aldeia, juntamente com Tibiriçá; Bartira e João Ramalho que constituíram uma ligação harmoniosa entre a cultura indígena e a europeia, e dos jesuítas capitaneados pelo PE. Manuel da Nóbrega e posteriormente por José de Anchieta implantando um trabalho educativo, apostólico e humanitário na aldeia.

O marco histórico do seu povoado foi à inauguração da primeira capela erguida e dedicada a Nossa Senhora do Monte Serrat pelo governador das esmeraldas, o bandeirante Fernão Dias Paes em 08 de setembro de 1620. Em meados de 1713, sua localização se consolidou junto à Capela, agora padroeira da aldeia e Fernão Dias Paes como seu fundador. Em 1723 a capela foi elevada à categoria de freguesia e desde então a história de São Paulo registra inúmeras referências à Freguesia de Cutia, a partir daí seu crescimento é acelerado, e junto com Embu, Itapevi, Barueri e Itapecerica da Serra passam a ser fortes, e postos naturalmente avançados para defesa e o abastecimento da Vila e do Planalto de Piratininga.

Desde então se tornou comum a grafia Cotia e em 1842, na regência de Dom Pedro II, a região serviu de acampamento para as forças liberais em Pirajussara, que lutavam contra a guarda do governo imperial, levante chefiado pelo Padre Diogo Antônio Feijó, filho natural de Cotia nascido em 1784 e pelo Brigadeiro Tobias, e posteriormente derrotadas nos Pinheiros pelo então Barão de Caxias.

No dia 2 de abril de 1856, a então freguesia de Cotia è elevada à categoria de Vila, pelo vice-presidente da província de São Paulo, iniciando-se assim, sua emancipação político-administrativa, com a criação da primeira Câmara dos Vereadores. No ano de 1872, Cotia ganha mais um ilustre filho, o poeta Manuel Baptista Cepellos, de projeção e destaque nacional, considerado um grande poeta de sua época do qual foi imortalizado pelo poema "Os Bandeirantes". Nos últimos anos do Império, Cotia continuava com a sua pequena lavoura de subsistência, pois suas terras eram consideradas improdutivas e de difícil acesso, pelo qual gerou um isolamento da região do processo evolutivo que ocorreu no oeste paulista.

Na República, na década de 1910 a 1960, Cotia entrou num período importante de sua história. Em 19 dezembro de 1906 a Vila é elevada a condição de município e com o passar do tempo, se beneficiou com o êxodo de pessoas vindas do Norte e Nordeste, e também do próprio sudeste, do estado de Minas Gerais. A partir de 1910, começa a se ligar intimamente à capital e às adjacências do estado. A região foi grande fornecedora de lenha para movimentar as locomotivas da Estrada de Ferro de Caucaia entre o trecho Mairinque/Santos da Sorocabana, bem como alimentar as indústrias nascente de São Paulo, e sem essa lenha não teria havido a industrialização e o progresso de São Paulo não teria sido alavancado, uma grande contribuição ao desenvolvimento de São Paulo, e o comércio dessa lenha trouxe mais progresso, e começa a desempenhar o papel de fornecedora de alimentos, carvão combustível, madeira para construção e tijolos.

A agricultura começa a se desenvolver extraordinariamente e meados de 1913, quando surgiram notáveis organizações agrícolas, novas técnicas de cultivo trazidas pelos imigrantes japoneses; a produção dinamizou-se, e centenas de sítios novos cobriram a região, alavancando a agricultura, tornando-se grande produtor de horti-fruti-granjeiro, após 8 anos de imigração é fundada a Cooperativa Agrícola de Cotia, um modelo de ação cooperativa no pais, que se transformaria em uma empresa poderosa e rentável, de importância internacional, um marco na história do desenvolvimento econômico de Cotia, a ponto de ser incluída no cinturão verde que abastece São Paulo. Mas não foi só a mão de obra dos imigrantes japoneses, outros povos europeus como italianos, portugueses, espanhóis e alemães ajudaram a desenvolver definitivamente a região, que começava a ser cosmopolita.

A partir dos anos 70 até os anos 90, novas indústrias de grande porte no setor químico, metalúrgico, materiais elétricos, cerâmicos, brinquedos, têxteis, explosivos, serigráficos, informática, alimentos, vinho, aguardente e máquinas agrícolas se instalaram ao longo da rodovia Raposo Tavares, além do crescimento da agricultura no cultivo de batata, tomate, milho, feijão, alho e frutas diversas, e desde então Cotia teve um crescimento acima da média do estado de são Paulo, em economia e em população. Houve um extraordinário desenvolvimento, no qual a Rodovia Raposo Tavares tem um papel fundamental que garantiu o desenvolvimento do Município, causando um surto que atraiu migrantes de outros municípios e estados do Brasil. Apesar do desenvolvimento e da modernização do município, Cotia preserva o seu caipira, um povo de tradição rica e multissecular de cultura: a fala, as crenças, as festas populares, a cantoria, a alimentação com suas receitas típicas, fazendo com que seja integrante efetivo no Cinturão Caipira de São Paulo, um passado de riquezas extraordinárias que a modernidade pasteurizada não consegue abolir, garantindo assim a sua identidade histórica.

Cotia entra em sua fase contemporânea de empreendimentos tecnológicos, com um moderno parque industrial, comércio dinâmico e grande gama de empresas de serviços; melhoram-se as estradas, estende-se a luz elétrica, telefonia, sediando um número significativo de pequenas, médias e grandes empresas que vieram criar mais postos de trabalho e mais desenvolvimento econômico, técnico e humano e trazer mais impostos para a municipalidade, tornando-se um município moderno e próspero; porém preservando seu território com espaço natural. A essa modernidade vieram novas exigências; a sociedade tornou-se mais complexa e a educação tornou-se uma exigência de primeira necessidade, é o início da era do conhecimento com a construção de escolas de ensino fundamental, ensino médio e de Nível Superior, sediando uma das melhores Instituições de Ensino Superior do Oeste Paulista, a EUROPAN.

Hoje Cotia guarda e preserva um grande Patrimônio Cultural, como os Sítios do Mandú do Padre Inácio (pousadas), as residências rurais do século XVII, construídas de taipa de Pilão, e a igreja Matriz com uma arquitetura barroca, monumentos tombados pelo Instituto Brasileiro de Patrimônio Cultural, testemunhos vivo da história brasileira. Além deste, Cotia mantém a preservação do seu Patrimônio Natural e ecológico, como é o caso da reserva florestal do Morro Grande, a represa Pedro Belcht, a Cachoeira da Graça, do Rincão, Ribeirão das Pedras, além do distrito de Caucaia do Alto, todas elas regiões de mananciais muito procuradas pelos adeptos do turismo ecológico.

Outro fato econômico importante do município, e o turismo, a 30 Km do centro da Capital, onde se encontra inúmeras chácaras que foram direcionadas para a captação do turismo, na divisa com Itapevi, está a famosa Cidade das Rosas em Roselândia, e na Rodovia Raposo Tavares Km 25, que atravessa a cidade está o remanescente da não menos famosa Cooperativa Agrícola de Cotia, onde se encontra o Obelisco da sua fundação, a Estação Férrea de Caucaia, Bichomania (mini fazenda que proporciona as crianças o contato direto com os animais), o Templo Budista que sedia a primeira universidade budista da América Latina, formadora de monges e monjas budistas e professores de Darma. O clima subtropical de montanha e a altitude ajudaram no incentivo para a montagem de clubes de campo com infraestrutura luxuosa, parques, pesqueiros, kartódromo, o centro municipal de campismo (CEMUCAM) e uma vasta rede hoteleira. Grandes eventos tradicionais também contribuem para a economia do município, o Carnaval, a Festa da Cidade, o Baile do Cowboy, a Congada de São Benedito, a Festa do Divino, a Festa da Padroeira, a Festa de N.S. de Fátima, a Festa do Peão Boiadeiro, a Festa das Nações e as Romarias. Localizada estrategicamente na porção sudoeste da Região Metropolitana de São Paulo, no limiar entre a capital e interior, seu acesso é bastante facilitado através da Rodovia Raposo Tavares e do Rodoanel Mario Covas. Esta proximidade com a Metrópole e as variedades de atrativos faz com que seja bastante procurada para a instalação de novos negócios, moradia com qualidade de vida e por conta disso muitos condomínios, são construídos, entre eles alguns luxuosos, principalmente no bairro da Granja Viana, um subúrbio nobre da região e do usufruto de seus espaços naturais no bairro de Caucaia do Alto.

A Cotia moderna é um Município pujante, de importante área remanescente do cinturão verde paulistano e protegido pela Lei dos Mananciais e fadado para o desenvolvimento econômico, cultural e social, com qualidade de vida. Rica em recursos e em história vive realidades díspares, representadas por um lado pela urbanidade de seus luxuosos condomínios da Granja Viana, por outro possui um polo industrial em contínua expansão, numeroso comércio de pequeno e médio porte, e ainda uma enorme área agrícola, principalmente com verduras, frutas e legumes, além de várias estufas de flores e plantas ornamentais e que aos poucos vai definindo sua própria identidade, no contexto do país e do mundo.

Afinal é a história de um povo, de uma cidade que vive com seus sonhos, suas lutas cotidianas pela sobrevivência, seus ideais, suas frustrações e principalmente suas esperanças é sem dúvida um patrimônio e um valor cívico comum a todos os cidadãos de brancos, índios e negros, miscigenados física ou culturalmente, homens e mulheres, os jesuítas, os bandeirantes, tropas e tropeiros, boiadas e boiadeiros, o agricultor, o caipira e o lenhador, o empreendedor e o educador moderno, todos fazem parte deste grande momento da história de Cotia, que a TUP orgulhosamente vem apresentar em verso e prosa.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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