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		É ver para crer... depois de 4 anos de 
		muita luta entre nossas co-irmãs agremiações, o Bloco Unidos de Santa 
		Bárbara finalmente chegou ao grupo de mais alto potencial. E para 
		relaxar de tamanho esforço, nossa agremiação resolveu festejar a 
		novidade fora do território paulista. Conheceu São Tomé das Letras 
		(Cidade Mística) localizada no Sul de Minas Gerais, e lá todos os seus 
		componentes deliraram com tamanha belezas naturais e fascinantes lendas. 
		Hoje, preparados para brincar o carnaval 
		do milênio, o bloco mais unido do que nunca, vem em clima de misticismo 
		e magia, resgatando no Anhembi todo o universo de mistérios que ronda 
		São Tomé das Letras. 
		São Tomé das Letras surgiu no século XIX, 
		da exploração do "quartzito", que se espalha pela região em rochas 
		metamórficas do período pré-cambriano há 600 milhões de anos. O 
		quartzito é utilizado como matéria prima para revestimentos, pisos e, na 
		cidade, é usado em diversos utilitários como objetos decorativos, 
		artesanato, etc. 
		Seus habitantes chegam a pouco mais de 
		5000, mas seu turismo atrai milhares de pessoas durante todo o ano. Os 
		mitos que rondam sobre o nome da cidade vem de duas hipóteses. Segundo 
		uma de suas lendas, um escravo que fugiu (João Antão) da fazenda do 
		Barão de Alfenas, escondeu-se em uma das fascinantes grutas do local e 
		teve uma visão alusionada de São Tomé (O Santo que diz "tenho que ver 
		para crer"). Era um homem todo de branco que dera ao escravo uma carta 
		de alforria para entregar ao Barão. Assustado, o escravo logo correu e 
		foi avisar o acontecido, mas quando voltou com o Barão para procurar a 
		aparição, ela não passava de uma imagem de madeira. E o que mais teria 
		impressionado o Barão era a tão bela carta em letras caprichadas, que na 
		época poucas pessoas escreviam, principalmente naquela região. O escravo 
		foi recapturado em seguida, e o Barão mandou construir ao lado da gruta 
		uma Igreja que até hoje é a matriz da cidade. Os negros, 
		impossibilitados de freqüentar a Igreja da Matriz, em seguida 
		construíram uma Igreja toda de pedra, que hoje é um dos cartões postais 
		da cidade. 
		Outra versão para o nome da cidade vem das 
		inscrições rupestres em algumas grutas, que certos especialistas 
		atribuem aos índios cataguases. Portanto, quando o povo roceiro da 
		região foi povoando esta cidade que é uma das melhores Estâncias 
		Climáticas do Brasil, acabou chamando-a de São Tomé das Letras 
		Em agosto, mês do aniversário da cidade, 
		ou em outubro, quando se faz a tradicional festa de Hallowenn, as 
		pousadas não dão conta da multidão de turistas que chegam para curtir os 
		espetáculos de rock, reggae, MPB e blues, saborear a famosa pizza na 
		pedra, a pinga com mel (gargamel) ou tomar o polêmico chá de cogumelo. 
		Durante a noite, muitos ficam acordados e na rua acompanhando o percurso 
		das estrelas, ou então se arriscam nas grutas em busca de chegar ao 
		final delas na cidade de Matchu Picchu (Peru). Essa é sem dúvida uma das 
		lendas da cidade que tem até música. 
		Na feirinha de artesanatos, realizada em 
		frente à Igreja de São Tomé, as pedras demonstram mesmo ser uma das 
		maiores riquezas da região, e a população local vende seus artefatos com 
		muita paz e amor. Muitos procuram a cidade em busca de terapias 
		alternativas, a base de chás exóticos, diálogos com seres de outro 
		mundo, captação de pontos de energia, etc. De vez em quando um velho 
		ermitão (Taquara) percorre a cidade, curando pessoas doentes com seus 
		dotes místicos ou enfeitiçando animais. Esses são alguns aspectos 
		folclóricos do povo da cidade. Mas o Bloco Santa Bárbara foi mesmo é 
		sacudir São Tomé das Letras e fazer o maior Carnaval. 
		E acabou que nosso passeio ficou assim... 
		Chegamos em São Tomé, cidade onde os 
		místicos dizem ser uma das sete cidades sagradas do mundo. Com muito 
		samba no pé, fomos logo procurando as  misteriosas grutas e a casa 
		da pirâmide, baseada na constelação de escorpião. No caminho nos 
		banhamos em várias cachoeiras, como a do Véu da Noiva, da Eubiose, do 
		Paraíso, da Lua, etc - fizemos repouso no Vale das Borboletas 
		acompanhados pelos duendes. Quando encontramos a casa da pirâmide, 
		montamos uma fogueira, juntamos nossos instrumentos, nossa porta 
		estandarte e caímos no samba. Foi uma grande diversão 
		Para nos acompanhar, as ninfas e as bruxas 
		dançaram em grande manifestação de alegria. Num por do sol dos mais 
		lindos do mundo, o céu aos poucos ia se enchendo de estralas e a lua ia 
		aparecendo linda e sedutora. O frio também era muito grande (típico da 
		região). Quanto mais fervia nosso samba, mais aquela comunidade 
		alternativa, de roqueiros, hippies, malucos, esotéricos e gente da maior 
		qualidade da simplicidade mineira, iam chegando e se rendendo a nossa 
		batucada. 
		Eis que lá no céu, de repente, apareceu um 
		OVNI, cheio de luzes e de seres nunca antes vistos. Pediram licença ao 
		modo deles e caíram no samba com a vermelho, azul, preto e branca da 
		Zona Leste. 
		Daquele dia só tivemos mesmo boas 
		recordações e hoje estamos aqui para exibir, extravasar a então "Visita 
		do Santa Bárbara a São Tomé das Letras". 
		E se você não acredita em nossas 
		histórias, conheça esta cidade, onde para se tornar realidade basta "Ver 
		Para Crer". 
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