
Introdução
Uma multiplicidade de elementos visuais, musicais e performáticos. Assim é o desfile de uma escola de samba.
A representação maior da agremiação está no casal de mestre sala e porta bandeira. Altiva, elegante, esplendorosa na avenida, a Porta Bandeira tem a missão de levar o maior símbolo da escola, o seu pavilhão, intocável até mesmo pelo seu par, o mestre sala, que a protege e a corteja durante todo o desfile. O casal evolui com movimentos circulares, faz o minueto, sempre de forma elegante.
Um dos mais elegantes e celebrados casais de mestre-sala e porta bandeira na Cidade de São Paulo, e de todos os tempos são os conhecidos no mundo do samba, Gabi e Vivi.
Gabriel de Souza Martins, o Mestre Gabi, ostenta juntamente com sua esposa, Vivi, o título de melhor casal de mestre-sala e porta-bandeira do século, concedido em uma eleição promovida pelo jornal Folha de São Paulo da qual participaram críticos, sambistas renomados, presidentes de escolas de samba e jornalistas.
RESUMO DA HISTÓRIA SAMBÍSTICA MESTRE SALA GABI
Gabi iniciou sua trajetória na escola Barroca Zona-Sul, onde fez de tudo: foi compositor, chefe de ala, membro da ala-show e, por fim, mestre-sala de 1983 a 1989. Neste ano foi para a escola de samba Camisa Verde e Branco, onde ganhou o tricampeonato e se consagrou.
Também foi convidado para a abertura do Carnaval oficial do Rio de Janeiro, representando todas as escolas de samba de São Paulo, de 1993 a 1995. De 1991 a 1999 foi primeiro casal do Camisa Verde e Branco, ao lado de sua esposa Vivi, ganhando diversas vezes os prêmios de melhor mestre-sala e melhor do Carnaval.
Em 1993, no Rio, o troféu de melhor mestre-sala do ano homenageava o mestre: Troféu Gabi Maravilha.
Mestre Gabi é também um dos fundadores da embaixada do samba paulistano, órgão que reúne expoentes do samba/carnaval paulistano que tenham no mínimo 25 anos de contribuição a cultura sambístico carnavalesca.
Não é necessário dizer que ele compõe a embaixada do samba e é um dos Embaixadores do samba paulistano.
Gabi também fundou, em 1995, a AMESPEBESP - Associação dos Mestres-salas e Porta-Bandeiras do Estado de São Paulo, e também o projeto Cisnes do Amanhã, onde ministra-se cursos e palestras sobre a nobre arte do bailado de mestre sala e porta bandeira.
Além disso, é jurado da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo nos quesitos de mestre-sala e porta-bandeira, letra do samba e comissão de frente.
Mestre Gabi fundou em 29 de setembro de 1995, a EMBAIXADA DO SAMBA PAULISTANO, ao lado dos renomados sambistas, Hélio Bagunça, Toniquinho Batuqueiro, Paulão da Lapa e Fernando Penteado.
Além de todas estas outorgas e honrarias, ativismo sambistico, conforme citamos acima e no texto de introdução, Mestre Gabi ainda soma os títulos de Cidadão samba Paulistano no ano de 2011, título este último outorgado pelos demais embaixadores do samba em eleição onde só eles votam e o título de herói invisível, concedido e registrado em livro publicado pelo jornalista Gilberto Dimenstein em pesquisa por ele feita sobre pessoas que são heróis em suas causas, porem são invisíveis, desconhecidos, para o grande público e Presidente do Conselho da Fesec - Federação de Escolas de Samba e entidades carnavalescas do Estado de São Paulo.
Mestre Gabi carrega consigo diversas histórias que ilustrariam e fundamentariam o porquê deste tema enredo da EM CIMA DA HORA, porem a história mais relevante, na nossa visão, e que ficou gravada na memória de todos sambistas foi no Carnaval de 1993, que teve como resultado no grupo máximo da hierarquia sambistica de nossa Cidade, um empate entre 2 campeãs, Camisa Verde e Branco e Vai Vai Neste Carnaval um episódio curioso marcou para sempre a história da, até aquele ano, conturbada relação entre estas duas agremiações, pois existia uma rivalidade imensa ao ponto de quem era Camisa Verde e Branco não podia pisar os pés no "terreiro" do Vai Vaie Vice e versa.
Após a apuração das notas e a constatação do empate em 100 pontos, consagrando as duas agremiações campeãs, Mestre Gabi, encorajou seus pares no Camisa Verde e Branco, portou o pavilhão da tradicional agremiação da Barra Funda e foram em comitiva saudar a outra campeã daquele ano, a Escola de Samba Vai Vai, no seu "terreiro", na sua quadra.
Claro que num primeiro momento hostilidades vieram de alguns poucos membros da Vai Vai, mas ao perceberem o nobre gesto encabeçado por Mestre Gabi, ambas se uniram e comemoram o título juntas.
Após as comemorações conjuntas o povo do Camisa foi embora para sua quadra, para lá comemorarem o título também, mas não demorou muito e minutos após o Camisa Chegar a sua sede, sua quadra, quem retribui a visita foi a Escola de Samba Vai Vai, selando assim uma amizade fraterna, de paz e respeito entre os pavilhões o que perdura até os dias atuais.
RESUMO DA HISTÓRIA SAMBISTICA DA PORTA BANDEIRA VIVI
Vivi, Natural do estado da Bahia, onde nasceu, mas viveu apenas por dias de vida, vindo para São Paulo ainda recém-nascida. Assim como seu esposo Mestre sala Gabi, iniciou sua trajetória sambistica na Faculdade do Samba Barroca Zona Sul. Também foi madrinha de bateria na Escola de Samba Flor de Liz. No ano de 1989 transferiu-se com Gabi para a escola de samba Camisa Verde e Branco, onde ganhou o tricampeonato e se consagrou.
Porém, antes desta consagração teve passagens pelas Escolas de Samba Flor de Liz e Mocidade Alegre.
Porta bandeira, mãe, esposa e avó, Vivi é o que popularmente se diz ser o braço direito do esposo e neste caso ousamos dizer que ela é o braço direito, esquerdo e muito mais ao lado do companheiro de vida, grande mestre Gabi.
Também foi convidada, ao lado do esposo Gabi, para a abertura do Carnaval oficial do Rio de Janeiro, representando todas as escolas de samba de São Paulo nos anos de 1993 a 1995. De 1991 a 1999 foi primeira porta bandeira do Camisa Verde e Branco, ao lado de seu esposo Gabi, ganhando diversas vezes os prêmios de melhor porta bandeira e melhor do Carnaval.
Vivi é fundadora, no ano de 1995, junto com seu esposo Gabi, da AMESPEBESP - Associação dos Mestres-salas e Porta-Bandeiras do Estado de São Paulo, e também do projeto Cisnes do Amanhã, onde ministram-se cursos e palestras sobre a nobre arte do bailado de mestre sala e porta bandeira. Já foi por diversas vezes jurada de desfiles carnavalescos em diversos quesitos.
Ela também ostenta o título de madrinha dos destaques na Escola de Samba Camisa Verde e Branco.
CASAL SOBERANO
Em 2001, em honraria inédita conferida pela Escola de Samba Mocidade Camisa Verde e Branco o casal Gabi e Vivi, foram consagrados no pavilhão do Camisa Verde e Branco, o qual recebeu a honraria mor com uma inscrição: "Os Soberanos."
Os dois ainda desfilam na Escola de Samba Camisa Verde e Branco, agremiação a qual aliás, é a madrinha de batismo de nossa EM CIMA DA HORA PAULISTANA, porém desfilam como o casal SOBERANO, ostentando um pavilhão especialmente feito para eles e que além do símbolo máximo do Camisa, leva ainda a inscrição: OS SOBERANOS.
DEFESA DO TEMA ENREDO
Emocionados, é o sentimento que tomou conta de toda comunidade, nossa família EM CIMA DA HORA, ao anunciarmos este tema enredo para o Carnaval 2016. Irmanados na luta pela defesa máxima da cultura sambistico carnavalesca e jamais fugindo de nossa identidade em sempre trazer temas enredos que façam as pessoas pensarem as tonando mais informadas nos assuntos e personagens de nossos temas enredos, a escolha da homenagem a Gabi e Vivi tem como objetivo resgatar bravos contribuíram na luta a favor da atual notoriedade do carnaval paulistano em seu chamado grupo de elite, porém, na nossa visão, sem o devido reconhecimento daqueles que hoje em dia se beneficiam de todo o sucesso midiático da elite do Carnaval paulistano.
Claro que temos dezenas de valorosos heróis, personagens anônimos em nosso carnaval de São Paulo, mas a escolha do casal Gabi e Vivi como tema foi estrategicamente pensada por nossa agremiação em função de ser o pavilhão de uma Escola de samba o símbolo máximo dela e então, por que não resgatar e homenagear a história do maior e mais premiado casal de mestre sala e porta bandeira do Carnaval paulistano para ilustrar esta nossa intenção?
O símbolo de nossa agremiação, a CORUJA, certamente irá, num hipotético voo, defender com muita garra que o bailado do casal de Mestre sala e Porta bandeira, pode ser comparado ao belo e sincronizado voo de uma borboleta, enfatizando, porém, a importante visão de que eles, Gabi e Vivi, são sim, história viva do carnaval paulistano.
Nas Asas da Coruja do Samba
Gabi e Vivi...
Bailando como o voo das borboletas...
História viva do Carnaval Paulistano
O QUE APRESENTAREMOS PARA DEFENDER ESTE TEMA ENREDO?
O hipotético voo de nossa coruja do samba, iniciara-se pela comissão de frente a qual representará o voo das borboletas comparado ao bailado de um casal de Mestre Sala e Porta Bandeira;
Na alegoria (abre alas) o início de tudo no Barroca e no Camisa, com lembranças destas agremiações e também das agremiações Flor de Liz e Mocidade Alegre, por onde Vivi (apenas eia) teve passagem. Os destaques lembrarão os saudosos desfiles do casal nessas agremiações, a contribuição do casal soberano na Amespbesp e no projeto Cisnes do Amanhã.
A saga irá continuar com as alas trazendo, o camisa verde e branco, os títulos de casal soberano, o título de embaixador do samba, o próprio casal soberano desfilando com o pavilhão casal soberano do Camisa, à frente da Ala de seus amigos, convidados especialmente para homenageá-los em nosso desfile, encerrando nossa apresentação com uma singela lembrança de que a bela história do casal soberano continua...
A Escola de samba EM CIMA DA HORA, orgulha-se de poder ser portadora de tal homenagem e clama a família do samba Paulistano por jamais deixarmos nossas raízes se esvaírem, deixando que vaidades pessoais escondam a base de nossas histórias.
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