Tudo começou há um 
							tempo atrás na cidade de Alfenas, Minas Gerais, com 
							o nascimento do Sr. Manoelino de Jesus Ubelino, 
							nosso presidente fundador. Já desde menino mostrava 
							sua forte tendência musical, porém a vida árdua do 
							campo não lhe dava tempo para uma dedicação mais 
							profunda. Com o passar do tempo, já homem feito em 
							São Paulo, morando no Bairro de Vila Maria conheceu 
							a gloriosa Escola de Samba Unidos de Vila Maria onde 
							adquiriu profundo conhecimento carnavalesco.
							
							Foi chefe de alas, 
							diretor de harmonia, fez parte da ala de 
							compositores, e lutou muito para elevar ainda mais o 
							bom nome da Agremiação.
							
							Porém o destino 
							encarregou-se de trazê-lo para perto de seu sonho e 
							então o Sr. Mané mudou-se para Ermelino Matarazzo 
							deixando uma parte de seu coração para trás, pois a 
							Unidos de Vila Maria já fazia parte de sua vida, de 
							sua história.
							
							Porém com o 
							conhecimento adquirido, seu sonho estava muito 
							próximo de realizar-se.
							
							Morando na antiga Rua 
							Vinte e Oito, hoje Guilherme de Oliveira Sá, deparou 
							com garotos batucando em latas de lixo, com a mesma 
							empolgação de exímios ritmistas, de grandes Escolas 
							de Samba.
							
							Foi então que o Sr. 
							Manoelino percebeu que a bateria de seu sonho estava 
							formada, só precisava ser lapidada, como um 
							diamante.
							
							Então, trazendo-lhe 
							preciosidade de vital importância para a realização 
							de seu sonho, tais como: Boca de Gira, Lavão, Chico 
							Tira, Vavá, Cidão, Atanásio, Bolão, Airton, Sr. 
							Ventura, Dona Arnalda e muitos outros, para somarem 
							suas forças ao ideal do Dr. Mané, como é chamado até 
							hoje com muito carinho por todos da comunidade.
							
							Foi então que Zuerinha, 
							um grande apitador, encarregou-se de colocar ordem 
							na garotada,aplicando-lhes disciplina e técnicas 
							aprimoradas da mais bela batucada.
							
							A Escola de Samba, 
							precisava de um nome, tinha que ser forte como o 
							ideal da rapaziada, por que não? Ermelino Matarazzo!
							
							Agora já éramos uma 
							Escola de Samba, tínhamos uma forte diretoria, uma 
							grande bateria e um nome, Grêmio Recreativo Cultural 
							Escola de Samba Ermelino Matarazzo.
							
							O grande Atanásio teve 
							a idéia de homenagear a história lendária do bairro, 
							outrora sede da Tribo Paranaguá, onde o chefe e 
							senhor absoluto era o bravo Cacique Boturussú, um 
							guerreiro sem igual.
							
							A imagem do lendário 
							guerreiro originou o brasão da escola, que estava 
							mudando de nome, e agora definitivamente passava a 
							chamar-se: Grêmio Recreativo Cultural Escola de 
							Samba Ermelinense, tendo como cor estatutárias o 
							azul e branco.
							
							E para completar o 
							sonho, a magnânima Escola de Samba Sociedade Rosas 
							de Ouro, deu-nos o prazer e a honra de batizar nosso 
							pavilhão, em uma grande festa, onde as baterias 
							encontraram-se no meio da quadra num mesmo ritmo 
							como se fosse uma imensa orquestra, regida por um 
							maestro divinal, os corações dos presentes batiam 
							num mesmo compasso.
							
							O ponto culminante da 
							festa, foi quando os pavilhões encontraram-se, 
							madrinha e afilhada dançaram juntas ao som das 
							maravilhosas baterias nota dez.
							
							Hoje, vinte e um anos 
							passado, temos o prazer e a honra de retratar a 
							nossa história e agradecer o Sr. Mané e a 
							velha-guarda pela grandeza e dedicação de seu 
							trabalho.
							
							"O Sonho Não Pode 
							Morrer"