::.. CARNAVAL 2004 - G.R.C.B. PARAÍSO DO SAMBA................................
FICHA TÉCNICA
Data:  23/02/2004
Ordem de entrada:  3
Enredo:  Theatro Municipal nos 450 Anos de São Paulo
Carnavalesco:  não consta
Grupo:  3 - Leste
Classificação:  10º
Pontuação Total:  72,0
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  Samuel da Silva Neto
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  não consta
Intérprete:  Carlão e Mauro
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  não consta
Porta-bandeira:  não consta
SAMBA-DE-ENREDO

COMPOSITOR

COMPOSITOR: Carlão Júnior

 

Vem, vem festejar,vem delirar

Nossa cidade é o orgulho da nação

Oh! Quanta nobreza

que riqueza do café a industrialização

Os barões desejavam se harmonizarem

num ambiente encantador

A tarantella entra em cena, obra de arte

que o italiano aqui plantou

Terrenos e teatros, tudo tão desatual

é o barroco no municipal

 

No guarani, eu quero ver bidu sayão

Vai balançar, vai sacudir, meu coração

E nesse palco, a zona norte vem ai

Sou um artista, hoje  eu vou te seduzir

 

Quanta inovação, quanta emoção

O  teatro revolucionou

Clássicos modernos nacionais, internacionais

Como o véu da noiva e outras mais

A tragédia e comédia das bacantes

Onde o autor  se inspirou

Fatos e histórias, mitos, sonhos, glórias

Arte e cultura nacional, gênios divinais

Grandes orquestras enlouquecendo multidões

Artistas de valores, músicos

autores num cenário sem igual

Enriquece a alma, seu futuro é magistral

Parabéns municipal

 

Me leva São Paulo que eu vou

Eu vou comemorar

São muitos anos de história pra contar

Sou Paraíso e nesse carnaval

Vou te mostrar teatro municipal.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor: João Carlos

 

São Paulo na virada do século XIX para o XX era uma cidade em expansão. A riqueza originada do café e o início da industrialização faziam acumular riqueza nas mãos da elite local, os "barões do café", que sentiam falta de local apropriado para um convívio social mais refinado. A colônia italiana, sempre ligada às artes cênicas e ao canto - como prova a popular tarantella - estava enraizada. Além disso, os italianos, exímios artesãos, supriam mão de obra nas artes industriais, área sempre carente por aqui. Some-se a obsolescência dos teatros locais e terrenos aí um quadro propício para a construção de uma nova casa de espetáculos: recursos e operários especializados. O público estava assegurado, pois havia na Capital Paulista um claro gosto pelas artes sucessoras da commedia dell'arte, das tradições dos arlequins.

Assim, em 1903, por iniciativa do Vereador Gomes Cardim foi lançada a pedra fundamental da obra, com projeto de Cláudio Rossi e Domiziano Rossi, em estilo predominantemente barroco. Os delicados vitrais da fachada e a suntuosa escada do saguão principal continuam sendo grandes marcas do prédio do Theatro Municipal. Em 1911, concluída a obra, o Prefeito Raimundo Duprat nomeou a comissão que tratou da abertura do teatro, afinal ocorrida em 12 de setembro, com apresentação de Hamlet de Ambroise Thomas, pela companhia do grande barítono Titta Ruffo.

Desde então o Municipal tem sido referência nas artes cênicas. Entre tantos momentos marcantes, registrem-se O Guarani, com a magistral Bidu Sayão interpretando árias como "Sento uma forza indômita", e de clássicos do balé, com os inesquecíveis Nijinski e Ana Pawlova. Teatro de prosa, nacional e internacional, não podem ser esquecidos, dignificados por Marcel Marceau e por estupendas montagens de clássicos como Hamlet e inovações como Véu de Noiva, de Nelson Rodrigues, que inaugurou o moderno teatro nacional.

Isso sem contar com o Teatro Nô japonês e outras atrações inolvidáveis, que dignificam a profissão de ator, herdeiros das tradições das bacantes, que exaltam a tragédia e comédia.

E o municipal marcou definitivamente a história da cultura nacional, ao sediar a Semana de 22, que abalou as estruturas da arte brasileira, sendo comparável em importância à produção de Aleijadinho para o barroco e à missão francesa para o classismo. Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e um Villa-Lobos regendo de chinelos fizeram o Brasil repensar a produção artística.

Hoje ainda o Municipal tem enorme influência nas artes, por suas duas orquestras, seus dois corais, seu quarteto de cordas e seu corpo de baile. O municipal permanece mais vivo do que nunca, por seus artistas e sua loboriosa técnica, que faz o grande espetáculo do povo desta capital.

O Theatro Municipal está mais preparado que nunca para o futuro, para viver mais uma grande produção das artes de São Paulo, testemunhando o engrandecimento de nosso espírito.

Parabéns Municipal. Parabéns São Paulo.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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