::.. CARNAVAL 2026 - G.R.C.E.S. DOM BOSCO................................
FICHA TÉCNICA
Data:  15/02/2026
Ordem de entrada:  7
Enredo:  Mariama, Mãe de todas as raças, de todas as cores, mãe de todos os cantos da Terra
Carnavalesco:  Fabio Gouveia
Grupo:  Acesso
Classificação:  não consta
Pontuação Total:  não consta
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  Padre Rosalvino Morán Viñayo
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  Mestre Anderson Bola
Intérprete:  Rodrigo Xará
Coreógrafo da Comissão de Frente:  Luana Poletti
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  Leonardo Henrique
Porta-bandeira:  Mariana Vieira
SAMBA-DE-ENREDO


No h contedo para este opo.


SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor: Fábio Gouveia

1º Setor - Profecia da libertação, o auto da fé
 
Negra Mariama!
Negra Mariama chama!
 
Negra Mariama chama para enfeitar
O andor porta-estandarte para ostentar
A imagem Aparecida, em nossa escravidão
Com o rosto dos pequenos, cor de quem é irmão.
 
Revoada da anunciação... A avenida, arte em movimento, é barroco.
 
Anjos dourados, esculpidos, anunciam a chegada da Rainha, sobre os altares da fé, a revoada de pombos celestiais, símbolos da liberdade, Deus vive. Estandartes ricamente bordados em ouro tremulam como promessas de fé.
 
O Rei e a Rainha, em majestosa reverência, precedem o andor que eleva a imagem de Nossa mãe amantíssima.
 
O ouro, irradia a divindade, a luz que emana da Mãe de todas as cores, guia seus filhos em uma procissão celestial.
 
É o barroco da fé, a arte sacra, que anuncia a grandiosidade de Mariama.
 
Diante do espelho das águas, o tempo recua para as margens do rio Paraíba. A simplicidade da pesca encontra o divino. O milagre da imagem negra resgatada das águas irradia esperança, uma imagem de Nossa Senhora da Conceição feita de barro, dividida em duas partes que ao serem unidas se tornam nossa mãezinha. A fim de esconder as rachaduras do barro, Mariama se revela em terras brasileiras com correntes pendentes pelo seu corpo, correntes que se tornam joias para mostrar todo seu brilho. A fé singela do povo encontra um símbolo de amparo e proteção.
 
Ela é nega como disseram pra eu... a imagem se eleva diante da escravidão.
 
Em transe, o escravizado Zacarias, percebeu-se diante da luz de todas as manhãs, o amor sobre os homens. Calou-se de joelhos vendo a santa da mesma cor que a sua, com uma luz que invadia seu coração: o manto bordado em ouro, reluzente em sua humildade, e a coroa luminosa sobre nossas cabeças vos acolhia naquele momento, libertando-o da própria sina. Viu-se envolvido por uma luz incandescente, viu suas feridas curarem, as lágrimas se tornarem rio, viu aquela força resplandecente sob a qual se quebram as correntes.
 
Fez-se o milagre: o escravizado Zacarias então chorou frente àquela revelação. Dali em diante tudo se fez fé, fez-se libertação, amor e devoção.
 
Senhora dos pobres, do Presépio de palha, sapé e barro, força que emana diante do calvário! Saravá na Páscoa da ressurreição, roseira que brota e transforma correntes em contas do teu Rosário para os pretos, fiéis diante da tua companhia na busca da Libertação.
 
Mãe em glória, por teu ventre que nos ensinou o que é ser livre, sublime e verdadeiro diante das maravilhas de Deus, liberta então teu povo que clama como Zacarias clamou, acalanta tua gente que ainda vive em cativeiro, mucama senhora e Mãe de todos nós na terra.
 
2° setor - Canta sobre o Morro tua Profecia - A missa dos quilombos
 
Segue teu povo em remissão, em fé e em comunhão, empunhando sobre as cabeças: lanças, arcos, flechas, foices e enxadas. Força que vem do trabalho, força que escorre em suor dos corpos calejados das labutas da vida, força que derruba os ricos e os grandes, Mariama.
 
Ergue as minorias, os submetidos, marcados pela pobreza, os renegados; samba com eles na alegria dos pés congregados, encoraja os gritos, acende os olhares e se junta aos fugidos escravizados em uma nova Palmares.
 
Tece novamente às redes da vida, pesca teu povo Negro, Negra Aparecida!
 
Olha por estes homens, mulheres e seus pequeninos, trancados por séculos nos cativeiros, que mesmo libertos usam as amarras e mordaças sociais.
 
Força então às portas do dia, alumia a esperança nos corações. Faça um povo de igual rebeldia, faça um povo tal qual Bantos, Mocambos, Malungos.
 
Povos da terra, negros de África, negros de todo o mundo, aliança que se transforma em vida.
 
Ave... Ave... Maria...
 
Diante de tua imagem, tão castigados, peço que olhe por todos eles.
 
Cortejos de penitentes, dos povos das ruas, olhe pelos desvalidos que saem pelas estradas, matas, ruas e vielas entoando ladainhas.
 
Ressoam os tambores, a avenida pulsa com a energia ancestral das raízes que se entrelaçam às histórias e heranças destes negros.
 
Encontro de celebração e resistência. Não há sincretismo, mas há reconhecimento da força de cada crença, de cada ancestralidade, de cada raiz e cada semente de libertação espalhada pelo mundo. Esplendores em palha, raízes e barro ornamentam a igreja como um novo quilombo, imponente! Representante da diversidade da fé, diante dos altares dos pretos. Ecoam os cânticos e gritos de liberdade, escorre da pele o suor, brilho da essência da luta, símbolo de força que dança em profunda comunhão.
 
Estamos diante da nova Palmares, guiados e abençoados por Olorum, que do alto do grande baobá reúne na fé, junto a Mariama, um ofertório de culturas e vozes que outrora foram silenciadas, agora unidas em louvor à mãe que acolhe todas as formas de fé.
 
3° setor - Romeiros, Congada, Jongo, todas as manifestações para celebrar a Santa Negra no altar
 
Ao longe podemos te avistar; no caminho do Rosário ergue-se a tua imagem, luminosa e resplandecente, segue teu povo em romaria, levando em suas mãos os ex-votos, símbolos dos milagres da fé.
 
Os pequeninos enfeitam teu andor de flores e ouro, do alto, lá no firmamento, onde as estrelas iluminam nosso caminhar. Mariama é nossa grande estrela, a Estrela Guia, farol que ilumina a marcha na terra. Tua beleza é tão rara, como as rosas negras anunciando um novo amanhecer de esperança, de união e de fé inabalável.
 
Mariama, a mãe que nos guia e nos protege em todos os sonhos e caminhos. Negra, mulher e mãe, nos acolha em teu esplendor, te fazemos o pedido: abraça eu mamãe, embala eu mamãe, cuida de mim. Os cânticos dos negros vão ecoar em unidade teu nome, irão bradar os louvores no altar em homenagem as peles de teus santos de mesma cor, que inspiram força para resistir e seguir lutando. Segue então teu povo em sagrado cortejo popular, levando no peito a medalha celestial de tua imagem fazendo-te o mesmo pedido de Zacarias: quebre as correntes, mamãe.
 
Do alto em sua Berlinda, todo enfeitado de flores, a mais querida do povo brasileiro, a padroeira do Brasil, Mariama, Mãe de todas as Raças, de todas as cores, Mãe de todos os cantos da terra.
 
Mãe Aparecida, mãe amantíssima do Brasil.
 
Abençoae
Defendei
Salvae

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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