::.. CARNAVAL 2026 - G.R.E.S. MOCIDADE UNIDA DA MOOCA................................
FICHA TÉCNICA
Data:  13/02/2026
Ordem de entrada:  1
Enredo:  GÈLÈDÉS - Agbara Obinrin
Carnavalesco:  Renan Ribeiro
Grupo:  Especial
Classificação:  não consta
Pontuação Total:  não consta
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  Rafael Falanga
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  Mestre Dennys Silva
Intérprete:  Emerson Dias, Gui Cruz e Sté Oliveira
Coreógrafo da Comissão de Frente:  Sabrina Cassimiro
Rainha de Bateria:  Valeska Reis
Mestre-Sala:  Jefferson Gomes
Porta-bandeira:  Karina Zamparolli
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO DA ESCOLA

Nova pagina 2
COMPOSITORES: Lucas Donato/ Gui Cruz/ Aquiles da Vila/ Fabiano Sorriso/ Marcos Vinicius/ Vitor Gabriel/ Biel/ Mateus Pranto/ Willian Tadeu


Odudua Ayê Ô! Ayê Ayê!
Alábàṣẹ Omo


Silêncio!
Nesta noite de Efé
Incorporo meu axé 
No Itã da criação 
Ao sagrado feminino
Ofereço meu destino 
Num ritual de devoção 
É grandioso o poder das Yamis
Um oriki é acalanto às Yabás
Ê Kalunga, Okan mergulhou… saudade!
Consagro meu ori às ancestrais

Odociá! Yemanjá Odò!
A mãe de todas tem a nossa cor
Oromimá... Oraieieô... Oraieieô Oxum
Deusa do ouro, um tesouro do Orun!


Cada preta que passa por mim
Refaz o caminho de tantas Iyás
Faz levante, coletivo, irmandade
Ostenta o guelé por igualdade 
Resiste na pele do tambor, encara o opressor
Guerreira, guardiã: vem ser mais uma, mulher...
A voz que espalha o bem
Ninguém solta a mão de ninguém
Na caminhada por um novo amanhã!

Quero ver... casa-grande vai tremer
No meu Quilombo é noite de Xirê
A MOOCA FAZ REVOLUÇÃO
É Guèledés: A LIBERTAÇÃO.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor: Não Informado

Na cabaça da criação, onde se guardam os segredos do universo, pulsa o sopro primeiro do mundo: O ventre da mulher. É ali no útero ancestral da Terra, que nasce o nosso canto.
 
A Mocidade Unida da Mooca, em reverência ao culto Gèlèdé, ergue sua bandeira para exaltar o poder invisível que move o mundo - Agbara Obinrin, a força das mulheres negras.
 
Gèlèdé, mistério sagrado do povo iorubá, é culto e celebração. E dança, máscara e energia. É o reconhecimento de que são elas - as lyámis, mães ancestrais - que tecem o fio da vida, mantêm o equilíbrio universal e resguardam a sabedoria que atravessa o mundo e as gerações.
 
É por esse espelho mítico que iniciamos nossa travessia, mergulhando na África matriz, onde Odùdówà e Òbátálá disputam a primazia da criação, e o ventre da Terra revela que toda origem é feminina.
 
Do seio da África ao sal do Atlântico, seguimos com aquelas que atravessaram oceanos - não como náufragas, mas sendo o próprio mar. Estamos conectadas, somos atlânticas. Cada passo nosso é continuação de um percurso ancestral que segue ecoando por todos os cantos do mundo.
 
Atravessamos o tempo com elas, gestando ideias, parindo saberes, criando filhos e frutos, organizando comunidades e coletivos, e reescrevendo histórias que foram apagadas. Somos filhas de uma travessia que nunca terminou, mas que se transforma a cada nova geração que se reconecta, reconhece e retoma o seu caminho de volta pelo mar.
 
Em seus corpos-territórios, a marca da travessia; em suas almas, o axé das Yàbás - divindades que são força justiça, ternura e revolução. Oxum, Yemanjá e todas as orixás caminham com as mulheres negras que fizeram do Brasil o seu terreiro, o ilê asé onde os toques dos tambores e os pés no chão nos reconectam à experiência do bem viver africano. Nas danças, nos cantos, nas folhas e nos rituais, elas recriam o mundo todos os dias.
 
Aqui, no chão do Brasil, florescem irmandades forjadas na fé e na luta. Mulheres negras reunidas em torno da espiritualidade, da memória, da autoproteção e da resistência: Irmandade da Boa Morte, Filhas de Gandhy, o Movimento de Marisqueiras de Sergipe... São quilombos vivos, onde tradição vira abrigo e o sagrado habita o cotidiano. Como Laudelina de Campos Melo, que da lida fez luta; como as Mães de Maio, que da dor fizeram justiça, como tantas outras que bordaram com coragem o direito de existir com dignidade e a esperança de plantar futuros.
 
E assim chegamos ao agora - ao grito que se faz verbo, à memória que se recusa a ser esquecida. Geledés: nome atribuído ao Instituto, eco de um culto, sopro das vozes-mulheres que seguem organizando revoluções. Fundado por mulheres negras e guiado por vozes potentes, o Instituto resgata e renova o legado das Mães Ancestrais.
 
É voz que denuncia, é mão que acolhe, é a ponte para o amanhã. Como nos ensina Conceição Evaristo, cada mulher negra carrega as insubmissões da sua própria existência – sua trajetória e sonhos moldam os contornos de um novo mundo.
 
Nosso desfile será uma ode, uma reza e acima de tudo uma celebração. Caminharemos com passos firmes sobre a avenida do tempo, entoando oríkis em saudação às que vieram antes e plantando as sementes das que ainda virão.
 
Celebraremos Gèlèdés como símbolo de uma potência que não se curva: a força ancestral, espiritual e política das mulheres negras. Porque é do ventre delas que nasce a vida, é na memória delas que resistem os saberes, e é na luta delas que o futuro se reinventa.
 
Somos continuidade.
Somos herança.
Somos o amanhã que já começou.
 
Axé Gèlèdés Axé!

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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