Ouvi lá do alto do morro
Um canto forro encontrando um violão
Sim, numa roda de bamba, o samba abrigou
Um menino e seu dom de compor
E a madrugada foi inspiração
Poeta sim
Não tem mordaça que me diga não
Fiz das raízes do país, canção
Abrindo livros desse meu Brasil
O dia em que o morro descer
E o povo vencer será poesia
O dia em que o morro vencer
Será carnaval e rebeldia
ZUM ZUM ZUM QUERO VER FIRMAR O SEU BERIMBAU
SE EU FOR MORRER QUE SEJA EM TERRAS DA BAHIA
ZUM ZUM ZUM QUERO VER A CAPOEIRA JOGAR
DE ANGOLA Ê CAMARÁ... Ê CAMARÁ
Ôôôôôô... Ninguém ouviu a prece em seus grilhões
Se um verso era rasgado, outro nascia
E a censura sucumbia às canções
Quando o cantar da Sabiá
Se calou em todo altar e a dor me consumia
Meu coração encontrou novo lugar
Feito a letra quando abraça a melodia
A música me deu parceiros e enredos pra contar
É uma reza em procissão a desfilar
E ajuda o mundo a falar de amor
Se hoje eu sei, força nenhuma é capaz de explicar
Nasce da alma do compositor
Ninguém faz samba se não for pra emocionar
Lalalaiá Laiá
REFLETE NO ESPELHO, O DOM QUE DEUS ME DEU
A LUZ DA INSPIRAÇÃO, A POESIA VENCEU
MILÊNIO É O PODER DA CRIAÇÃO
MINHA VIDA SE REVELA NOS ACORDES DA CANÇÃO.
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