::.. CARNAVAL 2020 - S.R.B.E.E.S. LAVAPÉS PIRATA NEGRO................................
FICHA TÉCNICA
Data:  22/02/2020
Ordem de entrada:  2
Enredo:  O Mundo a partir da África e o tambor que faz a gira girar
Carnavalesco:  Comissão de Carnaval
Grupo:  4
Classificação:  1º
Pontuação Total:  180,2
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  Rosemeire Marcondes de Moraes
Diretor de Carnaval:  Ailton Graça
Diretoria de Harmonia:  Robério Malaquias de Freitas
Mestre de Bateria:  Mestres Gê, Ronaldo e Bongos
Intérprete:  Adeilton Almeida
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  Edgar Carobina
Porta-bandeira:  Laís Moreira
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO

Nova pagina 2
COMPOSITORes: Afonsinho BV/ Zé Maria/ Dom Álvaro


Ibá axé, laroyê axé
Somos negros de fé
Nos dê licença
Os tambores anunciam
A corte do rei que aqui chegou
Da África somente encanto e magia
Ao aportar no chão da sagrada Bahia
Em Salvador a essência e a fé
Rituais, candomblé, ao som do meu tambor

Ogum e sua espada, guerreiro
Senhor Omulú, o curandeiro
Eparrey Iyansã, na força de um só coração
Oxossy é rei da nação


Maculelê é a dança do povo
Hoje tem reisado, tem capoeira
Umbanda, quimbanda, é a força do asé
Tem festa profana à noite inteira
Ancestralidade, a força da gente
É muita saudade, excesso de amor
Madrinha Eunice, olhai pro seu povo
Vai começar tudo de novo!


BATE O TAMBOR, TOCA VIOLA
AGORA É HORA DO MEU POVO SACUDIR
CHEGOU LAVAPÉS, PIRATA NEGRO
A TRADIÇÃO ESTÁ AQUI.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor: Não Informado

"O MUNDO A PARTIR DA ÁFRICA E TAMBOR QUE FAZ A GIRA GIRAR" será o enredo que a Sociedade Recreativa Beneficente e Esportiva do Lavapés levará para seu carnaval em 2020.

A escola de samba mais antiga em atividade em São Paulo reverenciará o Tambor como elemento agregador dos povos africanos trazidos para o Brasil e apresentará sua permanência como símbolo de união e resistência nas gerações afrodescendentes.

O tocar do tambor ou o ato de bater em algo que emita som é considerado como uma língua agregadora dos povos originários da África. Apesar de, ainda hoje, as pessoas entenderem a África com um lugar homogêneo, este continente milenar é formado por diversos povos, com dialetos diferenciados entre si e detentor de uma cultura singular caracterizada pela junção de diversos costumes, comportamentos e tradições.

As características são percebidas como únicas a cada região africana desde os dialetos próprios até os tipos de roupas, penteados e adornos - passando também por uma variedade de rituais em datas importantes como nascimento, morte e casamento.

O processo da escravidão causou aos africanos a perda da identidade de sua nação, o dilaceramento de suas famílias, de seus bens e cultura, ou seja, aquelas características marcantes de identidade de um grupo deixaram de existir. Porém, um conjunto especial de características não pode ser calado no infortúnio da escravidão: o som das batidas que ecoavam na madeira dos navios negreiros resistiu como um elemento de identificação e fonte de congregação entre todos os africanos que estavam no mesmo barco nas travessias transatlânticas.

A interação entre os capturados em África nos porões dos navios se mostrava – em muitas ocasiões - pouco eficaz através da fala, em função da presença de dialetos distintos. Desta forma, os sons e as batidas foram elementos fundamentais de agregação, comunicação e comunhão entre as pessoas diante ao cenário de atrocidades deste período.

TAMBOR veio para o Brasil com suas inúmeras variações de toque, sendo a atual cidade de Salvador - na Bahia - um dos primeiros portos de chegada. Salvador é a maior guardiã da ancestralidade africana no Brasil e, por consequência, dona de diversos espaços que cultuam as religiões, as deidades e os costumes oriundos do continente africano que tem o TAMBOR como forte representação da herança ancestral.

A religiosidade afrodescendente entende o Tambor como um símbolo primordial, o elo perfeito que estabelece a ligação entre o céu e a terra na realização de seus cultos e tradições. Assim, ao apresentar este enredo a Lavapés trará os ritmos, os louvores, as danças e festas que cultuam este objeto sagrado, dando destaque à capoeira, ao reisado e ao maculelê, entre outras festividades.

O Tambor também é reverenciado como um instrumento agregador do povo brasileiro. Mesmo com boa parte das origens apagadas nestes séculos de história, o nosso povo ainda se reúne ao redor do TAMBOR na intenção de promover união, paz, felicidade, alegria e congregação entre irmãos, como demonstram as celebrações nos grupos de dança e de folclore, nas rodas de samba, nos eventos festivos do carnaval e na própria natureza das escolas de samba.

Por fim, renderemos saudações à Madrinha Eunice, grande sacerdotisa dos cultos afrobrasileiros, ícone máximo do samba paulistano e fundadora da Sociedade Recreativa Beneficente Esportiva do Lavapés.

A escola de samba com mais de 80 anos de existência e que teve início pelas mãos desta filha de escravos - pede agora em 2020 - a licença, a força e o olhar ancestral de sua Mãe e Criadora para iniciar um novo ciclo de sua magnífica trajetória no carnaval paulistano. Madrinha Eunice, olhai para o seu povo, vai começar tudo de novo.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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