
Os segredos das águas do amazonas é um enredo inspirado que trata dos mitos, lendas e contos que são encontrados naquela região do Rio Amazonas.
Essas histórias são ensinas prioritariamente pela oralidade, advém da extraordinária cultura criada por esses povos que foram os primeiros habitantes do Brasil, "os índios". As margens do rio amazonas, foram povoadas há muito tempo atrás, por inúmeras tribos indígenas que tinham o rio como um membro ativo e participativo de suas vidas. Por isso, podemos encontrar em suas narrativas o rio como palco central do desenrolar da maioria de suas histórias que abordavam desde o início de suas vidas até a sua morte.
O enredo começa no século XVI com o espanhol Francisco de Orellana, batizando o rio de amazonas, após ter visto uma bela índia em sua margem pescando. Dentro do rio os peixes só obedecem a Yara sua protetora. Índia que foi abusada por outros índios e jogada morta no rio, onde foi transformada pelos espíritos do rio em metade mulher e metade peixe, (sereia). O canto da Yara chamou atenção de Macunaíma, o único que tem o poder de se transformar em qualquer coisa no mundo, nascido do eclipse entre o Sol (Guaraci) e a Lua (Jaci), no rio. Jaci e Guaraci vendo seu filho Macunaíma brincar dessem ao rio para observarem de perto a índia Mara nadando. Depois do banho, Mara ficou gravida sendo ainda virgem. Logo depois, Mara dá à luz a Mandi que veio falecer em poucos dias de vida. Mandi é enterrada por sua mãe na Oca (casa). Da cova de Mandi brota uma planta que sua raiz era branca. Raiz que foi comida pelos índios e chamada de mandioca.
O índio Aguiry, após ter comido a mandioca, foi passear na mata onde foi morto pelo demônio Jurupari. Tupă (deus do trovão) com dó de Aguiry pediu aos índios que retirassem seus olhos e os plantassem perto do rio. Depois de um tempo, nasceu uma linda planta que chamaram de guaraná. O pequeno Curupira, protetor dos animais, plantas e rios, pegou as sementes do guaraná e as plantou na mata virgem para multiplicar e esconder a arvore dos índios para, somente brincar com eles. Brincadeira que o Boto quis participar tocando e cantando para as cunhas (jovens índias), que estavam pertos.
O índio Piripirioca, vendo as cunhas veio participar da festa e roubar uma para leva-la ao rio. No caminho do rio Piripirioca foi preso pela índia que o acompanhava na mata e colocado numa cela. Não aguentando de solidão, veio a morrer de e seu espirito foi morar no rio, onde encontrou a Vitória Régia, que antes de ser planta era uma índia chamada Marai que tinha um grande amor por Jaci. Um dia Marai observando o reflexo da lua na água, veio a se afogar e foi transformada por Rudá (Deus do amor) na Murumuru, "Vitória Régia". Para sempre ver Jaci no rio. Na margem do rio Tupã escuta os passarinhos lhe pedirem para entregar o Muiraquitã (amuleto da sorte) aos índios para protegê-los do Boitatá (cobra de fogo) que junto com o Pirarucu (peixe grande) gostam de engolir os curumins (jovens) quando então nadando no rio amazonas.
Estes breves relatos de histórias apresentadas, são um legado importante da matriz indígena na constituição da formação do povo brasileiro.
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