
JUSTIFICATIVA:
Neste palco iluminado, que se torna a moldura perfeita dos delírios de grandes sonhadores, o samba conduz a arte de transformar a história em espetáculo. Por tanto, o G.R.E.S. Unidos de São Miguel, certo de que pode, e dever ser um caminho para conduzir conhecimentos a todos os admiradores dos desfiles das escolas de samba, tem a honra de apresentar seu enredo para o Carnaval 2.017.
Mostraremos um "Festival de Música Popular Brasileira" à céu aberto. Prestar essa homenagem para os cantores populares, de qualquer período da história, ambos os sexos, vivos ou mortos. Sem critério mais relevante dizia respeito à qualidade vocal em si: timbre, potência e técnica. Outros parâmetros importantíssimos foram requeridos: a qualidade do repertório gravado (o chamado "conjunto da obra"), o carisma e a emoção em cantar.
Ficou assim a nossa lista. Como forma de tributo, achamos conveniente incluir o link de uma canção para cada um dos Cantores.
Enredo: Um Festival de Música Popular Brasileira
Com a canção "Arrastão" (Edu Lobo e Vinicius de Moraes) logo no I Festival de Música Popular Brasileira 1965, interpretada pela Pimentinha foi unanimidade, quando se trata de apontar quem é melhor cantora brasileira de todos os tempos. Além da técnica vocal apurada e do esmero na escolha do repertório, Elis cantava com uma devoção meio messiânica, como se cada canção fosse um hino, uma confissão ou um prato de comida.
O palco/passarela abre-se, um verdadeiro espetáculo a céu aberto, cantando para todo o público desse grande desfile que a "Música, é Divina Música".
Vencedora do II Festival de Música Popular Brasileira, (São Paulo em 1.966), "A Banda" de Chico, pode ser considerada marco desta ruptura e mutação da Bossa para MPB.
Considerado o Rei da Soul Music no Brasil, "sindico da MPB", dono de um vozeirão inconfundível, ícone da música no Brasil. Suas músicas eram marcadas pela rouquidão de sua voz, sempre grave e carregada, conquistando grande vendagem e consagrando muitos sucessos. Tim Maia foi um cantor talentoso, um fanfarrão assumido, e um bon vivant tão desencantado com o Universo que acabou devorado por ele mais cedo do que nós merecíamos. Em 1970, gravou seu primeiro disco, intitulado Tim Maia, que, rapidamente, tornou-se um sucesso país afora com músicas como "Azul da Cor do Mar" e "Primavera".
A menina dos olhos de Oyá - Maria Bethânia: mergulhamos nas suas canções: "Louvação a Oxum" e "Mamãe Oxum". Dizemos que é uma artista recatada, discreta, avessa aos holofotes. Nem precisava: luz é com ela mesmo. No palco, cantando, ilumina o coração da plateia com sua vocação para ser estrela.
Pois bem, ficaram para trás: lembranças, trilhos arrancados, estações esquecidas e o velho maquinista; tal como o compositor e canto mineiro Milton Nascimento, que já ganhou alguns Grammy e é um dos artistas mais conhecidos e respeitados no mundo inteiro, mesmo onde Minas não há mais.
Em mais de 35 anos de carreira, Elba Ramalho vendeu mais de 10 milhões de disco. Pra mulher cabra da peste Elba Ramalho canta e encanta entre elas: "De volta pro meu Aconchego": música essa que conta depois de muito trabalho, chego em casa a encontrar meu dengo.
Ganhador do Grammy Latino, já foi ministro da Cultura do Brasil (2003-2008), em mais de 50 álbuns lançados podemos destacar: "Andar com fé".
Um dos criadores e principais forças do movimento da bossa nova, Tom Jobim é considerado o maior expoente de todos os tempos da música popular brasileira "Carinhoso".
Ney Matogrosso leva vantagem sobre os demais colegas de profissão porque, além de ser um excepcional intérprete, dono de uma voz impar no cancioneiro tupiniquim, ele canta com a garganta e com o corpo, numa levada sensual que sempre fez enorme sucesso entre marmanjos e moçoilas, desde os primórdios, quando integrava os Secos e Molhados. Um verdadeiro "Homem com H".
Caetano Veloso faz parte do seleto clube de queridinhos da MPB. A voz é doce; a língua, afiada; e o cérebro-para a felicidade geral da nação-continua inquieto.
Esse povo da Bahia é mesmo arretado. Rebolar é pra quem quer, cantar é pra quem pode. E nem precisa trio elétrico, bumbum pra fora, foto na revista e coisa e tal. Seu nome é Gal: a voz.
Verdade brasileira seja dita: a voz doce, gostosa e suave de Emilio Santiago talvez tenha sido um dos tesouros mais subestimados da MPB em todos os tempos.
"País Tropical", uma obra de Jorge Ben Jor tem uma importância singular para a música brasileira, por incorporar elementos novos no suingue e na maneira de toca violão. Embora não tenham obtido sucesso comercial, essa música é considerada clássico da música brasileira.
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