| “A Magia das Águas, a Mãe do Mar”   “Sou a lembrança  que surge do mar, o mar do crepúsculo.Trago as marés que  fluem e refluem e tornam a fluir.
 As silenciosas  marés íntimas que governam os homens.
 Elas são o meu  segredo e pertencem a mim.”
   Prefácio Águas.Águas cristalinas.
 Doces e salgadas.
 Águas que agitam as marés enamoradas.
 A água é essencial para a sobrevivência da terra através  da história, do tempo que nos faz prosperar. Cabe a nós a preservação desta  preciosidade, despertando em nosso inconsciente a necessidade de valorizar e  preservar.
 Águas que camuflam vidas, guardam mistérios e escondem  tesouros.
 Águas que salvam e destroem.
 Águas que me faz chorar, e para os olhos dela me faz voltar.
 Águas de muitas culturas e civilizações, e na religião se  fez batizar.
 Águas de lá e águas de cá.
 Águas remando eu vou, a Império Chegou.
   Parte 1 Somos sempre um receptáculo para o caminho da água, o  nosso mais precioso e sagrado presente. Desde a antiguidade o mar simbolizou a  vida, magia e mistérios, sendo o berço da própria vida, pois a água existe  desde o começo dos tempos.Deus disse a Noé, “construa uma arca de repustre e  betume, e dentro coloque um casal de cada espécie de cada animal que habite  acima da terra, pois mandarei uma copiosa chuva durante 40 dias e 40 noites,  para que tudo se transforme em um grande mar.”
 Em muitas culturas a primeira imagem do mundo era de um  oceano ilimitado, indefinido e eterno, pleno de energias que podem criar as  variadas formas de vida.
 Os povos antigos respeitavam o mar como uma força criadora  e nutridor, mas também temiam o seu poder destruidor.
 Ao longo dos séculos os seres humanos debatem com os  desafios do mar.
 Civilizações como brancos, negros, índios e outros estão à  mercê das suas forças, detém o mar segredos e mistérios, tiram seu alimento e  por ele se aventuram.
 Sua fauna e flora é de uma beleza e vastidão infinita.
   Parte 2 Lendas e tesouros são as reminiscências das antigas  histórias do fundo do mar. Suas profundezas ocultavam seres sobrenaturais.  Mistérios de cidades e civilizações submarinas, divindades que moravam em  palácios repletos de riquezas e tesouros.Dentro de seus mistérios, às vezes nas águas salgada ou  doce, temos a Mãe do Mar.
 Protetora e sempre vigilante, a senhora dos peixes,  detentora das gostas dos destinos, se apresenta de várias formas. Às vezes ela  é escura e profunda como o vazio primordial onde a vida apareceu primeiramente.  Outras vezes ela brinca e ri com as ondas na areia, brilha com a luz do sol ou  da lua, se enfurece com o rodopio da tempestade, ou como uma grande serpente  que habita as profundezas das águas.
 Sua presença foi louvada e honrada em canções, mitos,  histórias e lendas em vários lugares do mundo.
 Precisamos honrar a Mãe do mar e lhe pedir compaixão e  generosidade para o nosso renascimento.
 Devemos evitar a destruição dos recifes e corais, a  extinção das espécies marinhas, a poluição pelos resíduos industriais e  domésticos.
 A Império Lapeano tem a consciência de que nosso espírito  nos leva de volta para a água, pois ela flui no pulsar de nossa bateria assim  como a lembrança de uma lágrima, ou no líquido amniótico nos fluídos corporais,  e assim retorna para o mar onde a vida começou.
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