::.. CARNAVAL 2012 - G.R.C.B.E.S. PASSO DE OURO................................
FICHA TÉCNICA
Data:  20/02/2012
Ordem de entrada:  4
Enredo:  Cuíca de ouro – homenagem ao mestre Osvaldinho da cuíca
Carnavalesco:  Comissão de Carnaval
Grupo:  3
Classificação:  6º
Pontuação Total:  178,6
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  Sebastião Batista Nunes
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  Mestre Daniel Zóio Verde
Intérprete:  Denny Gomes
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  Carlinhos
Porta-bandeira:  Natália
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO

Nova pagina 2
COMPOSITORES: Rafa do Cavaco/ Thiago de Xangó/ Juninho Berin/ Kauê Nunes/ Tião


Nasceu... Chegou
Em pleno carnaval
O surdo de primeira anunciou

O choro do sambista imortal

Foi na terra da garoa
O despertar... desse menino
Que na batucada encontrou
O ritmo... do seu destino
Na escola da vida
Aprendeu e ensinou
Fez do samba o estandarte
Divina arte que lhe consagrou

Oi... lá vem o trem
No "trem das onze" com Demônios da Garoa
Vem... vem também
Fazendo samba no Bixiga numa boa


é o primeiro... Cidadão Samba
Da paulicéia é o nosso Embaixador
No folclore brasileiro dedicou-se com amor
É o arquivo da memória
Passo de Ouro reconhece o seu valor

E o povo canta feliz
Na homenagem que fica
Ao Mestre Osvaldinho da Cuíca.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor: Não Informado

O sambista Osvaldo Barro "Osvaldinho da Cuíca, nasceu na terra da garoa no dia 12 de fevereiro de 1940 na Rua Anhaia, antigo no 123 no Bairro do Bom Retiro, em São Paulo, numa terça-feira de carnaval”. Benedita gostava de assistir aos desfiles dos cordões carnavalescos no Parque da Água Branca, na Avenida São João e no Bairro Campos Elísios, que ficava perto do Bom Retiro. No dia 12 de fevereiro, terça-feira de carnaval estava ela assistindo ao desfile de um cordão que levava as cores roxas e brancas, provavelmente do cordão Campos Elíseos, quando percebeu que estava na hora de dar à luz. Tentou se apressar para chegar em casa. Nesse dia nasceu Osvaldo, quase no meio da Rua, em plena batucada, predestinado a justificar o nome Osvaldinho da Cuíca como é conhecido.
 
O prazer da garotada era participar dos times de futebol. Alguns até saíram bons jogadores, mas Osvaldinho sempre foi ruim de futebol, era o pior da turma. Mas o seu prazer era estar no meio dele, pois sempre, depois do jogo era formada uma batucada, e era uma farra, regada de cachaça e muita música.
 
Nessa época, ainda em 1949, voltou aos estudos, no quarto ano do primário, no Colégio Silva Jardim na Avenida Tucuruvi. Embora a tia o tratasse bem, quase nunca ela estava em casa, pois tinha de trabalhar, vendendo frutas. A saudade da avó, da mãe e da irmã, que quase não via mais, foi tornando a criança meiga e pura. Que aqui chegara em um menino rebelde e revoltado. Pela pouca idade não tinha muito juízo, não obedecia a tia, não tinha um acompanhamento escolar, pois os tios, que mal sabiam ler e escrever, não davam uma educação adequada. E também não sabiam como educar.
 
Na escola, faltava muito às aulas, mas mesmo assim caminhava razoavelmente nos estudos. Quem não se lembra de uma professora dos estudos primários? Para Osvaldinho, uma pessoa que marcou muito a sua vida foi a Professora Ligia, pois era muito meiga e o tratava com muito carinho, apesar da batucada que ele fazia em plena sala de aula. Entretanto, como era muito atento e respeitador, ela o queria muito bem.
 
Quando vinha da escola, não tendo a quem dar satisfações. Vivia sozinho e acabava indo para a rua. Aos poucos foi se tornando um menino de Rua, vivendo com a molecada no meio da malandragem. Para passar o tempo e ganhar um dinheirinho resolveu ser engraxate, o que era comum na época.
 
Ele ficava perto da estação do trem da Cantareira no ponto final do ônibus Tucuruvi, um lugar que tinha asfalto, somente em um trecho, o restante era de chão batido, naquela época só existiam duas linhas de ônibus na Zona Norte: Tucuruvi e Vila Galvão. Este seguia um pouco mais a frente. Ali no ponto final do ônibus e ao lado de uma gafieira, ele fez seu ponto de engraxate. O nome era Nelsônia. Salão de baile e bilhar, onde o jogo de bilhar era frequentado pela malandragem durante a semana. Aos sábados e domingos havia bailes.
 
Tininho era seu colega também engraxate. Os engraxates faziam muitas batucadas que eram proibidas na época. Os únicos lugares e momentos que tinham para fazer batucada eram ali no trenzinho da Cantareira e na porta da gafieira. Ele engraxava os sapatos de todo mundo e conhecia toda a rapaziada do samba e da malandragem de todos os tipos que havia e que frequentavam o pedaço. Mais para baixo da Rua tinha outra gafieira, o Gafanhoto Azul do Tucuruvi. Os frequentadores da Nelsônia se reuniam ali também para fazer batucada, e ele foi se enturmando com o pessoal da Rua mais o seu sonho era tocar; desde 53/54 ele tinha um grupinho que fazia batucada lá no morrinho onde morava. Onde também começou a fazer instrumentos musicais bem artesanais. Seu grupo era considerado muito bom. Faziam parte do grupo seus amigos Valter Babu, Milton Batista, Paulinho Regis, Regino além de muitos outros.
 
Os componentes dos Garotos do Tucuruvi, espécie de batuque ou cordão carnavalesco. Quando passavam pelo morrinho onde a turminha batucava ficavam escutando e achando bonito. Sugeriram então a sua diretoria que os meninos deveriam sair com a escola no próximo carnaval assim aconteceu. Com o maior orgulho eles se integraram aos Garotos do Tucuruvi com seus próprios instrumentos musicais. As cores dos Garotos do Tucuruvi eram branca e preta, cores da sua querida Escola de Samba Vai-Vai e do seu time, o Corinthians. Tornou-se baliza, começou a tocar apito por volta de 55/56.
 
Outro dado importante na vida do nosso Biografado, que vale a pena ser lembrado, era sua ida e volta do trabalho para casa, que era sempre feita de trem. Era o Trem da Cantareira saída da estação na Rua João Teodoro no alto do Pari e terminava em Jaçanã. Passando pelo Tucuruvi onde ele Oswaldinho embarcava.
 
Esse trem era muito movimentado, pois era a condução mais viável entre os bairros, ficou muito famoso, embora hoje não exista mais. Ficou na história de São Paulo graças a um samba de Adoniran Barbosa "Trem das onze”.
 
Era no trem que se encontravam a malandragem e os batuqueiros. Ele conhecia todos os batuqueiros e batedores de carteira porque a onda era essa. Ele e outros faziam ponto de batucada ali no Tucuruvi, onde tinha a estação do trem.
 
Como não poderia deixar de ser, o samba, filho ilustre da classe baixa, viajava junto sobre os trilhos, criando intersecções entre sambistas de todos os cantos.
 
Nos trens, o vagão preferido dos sambistas era, invariavelmente, o último de cada carro. A escolha tinha um motivo; era ali que ficavam todos aqueles personagens que viviam à margem (ou quase) da sociedade que povoavam o cotidiano das batucadas. Essa afinidade fazia com que os vagões do final do trem funcionassem como os barracões da Pirapora, onde a segregação se tornava a condição de liberdade cultural.
 
Outro significado na relação entre o Samba Paulista e as linhas ferroviárias era o terno "trenzinho da Cantareira", que, por trilhos estreitos e sinuosos, ligava o centro à Zona Norte da Capital.
 
Nesse trem, preferencialmente nos carros saídos as 18:45 e as 19:15 (os que saiam as 18:30 e o das 19:00 da Estação Areal, o ponto inicial da região).
 
No trenzinho da Cantareira, as duas estações que mais tinham sambistas eram a do Tucuruvi e a do Jaçanã (parada final da linha) muitas vezes quando o batuque estava bom, quem tinha que descer' antes deixava passar a sua estação para ir com o pessoal até o Jaçanã, onde o samba continuava em algum boteco até que fosse cada um para o seu canto.
 
No Teatro popular Brasileiro, além de ter amizade com Germano Matias. Ele também reencontrou Geraldo Filme, que já conhecia das batucadas no campo de futebol do Tucuruvi.
 
No Teatro popular Brasileiro teve a oportunidade de conhecer inúmeras personalidades importantes do mundo artístico. Trabalhar com Solano Trindade foi de fundamental importância para Osvaldinho que reconhece ter aprendido muito com ele sobre as raízes da cultura Afro-Brasileira.
 
Osvaldinho teve a oportunidade de conhecer muitos artistas famosos. Muitos deles vinham do Rio de Janeiro, de outros estados e até de outros países.
 
Teve a oportunidade também de tocar com várias orquestras, por exemplo, com a orquestra de Robledo, onde tocava cuíca ou substituía um dos pandeiristas, e com a orquestra do Zezinho do programa do Silvio Santos etc.
 
Em 1959 recebeu o convite para trabalhar com o gaúcho Luiz Carlos de Barbosa Lessa o papa da música gaúcha. Foi ele que fez todos os recolhimentos folclóricos de todas as danças e músicas das diversas regiões do Rio Grande do Sul além de compor também muitas músicas. Osvaldinho participava também do grupo folclore de gêneros no norte e nordeste. E do povo Gaúcho. Mostrando ao vivo, a cultura artística do povo.
 
Em São Paulo o Barbosa Lessa montou uma peça no Teatro Municipal. "Rainha do Moçambique" a peça "Rainha de Moçambique" foi citada até em alguns livros da época. Foram apresentadas a dança de São Benedito, a dança de bastão o Bumba meu Boi dança dos cordões, do pastoril fizemos música de Natal, do cavalinho Jaraguá Victor Simon ajudou muito. Inclusive tinha época que foi muito difícil, ele vinha do Tucuruvi com a cuíca embrulhada em jornal porque não existia proteção para os instrumentos. Ele ficava no ponto dos músicos na Avenida São João, para ver se arrumasse serviço, ele ganhava dinheiro; se não ele tinha que voltar a pé para a sua casa. Da Av. São João com a Av. Ipiranga ele ia a pé até o Tucuruvi. Às vezes chegava lá com o sol no rosto; ficava a madrugada toda esperando por uma oportunidade de trabalho; passado anos um amigo, o Benone, um crioulo nordestino alto simpático, muito bom embora fosse briguento, que vivia também no mundo do samba, mas pertencia à banda da força pública, onde tocava Pistão, deu um conselho para Osvaldinho: "Rapaz, tu tá perdendo tempo, vamos entrar na banda, eu conheço o pessoal e eles vão gostar de você”.
 
Acontece que Osvaldinho só tocava de ouvido. Não sabia música. Foi, porém, grande a insistência do amigo, argumentou que ele podia tocar surdo, prato. Pois era um bom ritmista. Apontava as vantagens de se ter um salário fixo e um emprego garantido além de poder contar um dia com a aposentadoria. Osvaldinho se convenceu e foi fazer os exames. Foi também uma batalha. Ele estava muito magro, pois ainda não tinha recuperado peso depois da enfermidade. Em compensação como fazia muita ginástica, dançando frevo, samba, tinha muita agilidade nos exercícios de barra e ginástica, ele estava perfeito. Entretanto o oficial que estava fazendo o teste não queria deixá-lo passar pela falta de peso. Por ironia do destino esse oficial da junta médica era um campeão de Halterofilismo na América Latina, Dr. Alen Shatit. Vendo Oswaldinho muito raquítico o reprovou. Porém o amigo Benone aconselhou que fosse falar com o tenente Averbak, que era também dentista. Aí a preocupação aumentou, porque naquele tempo quase não se fazia tratamento dentário, pouco se cuidava dos dentes, seja pela falta de dinheiro, seja por medo dos motores: o tratamento era muito dolorido. Era até costume esperar os dentes ficarem bem cariados para depois mandar extraí-los. Osvaldinho foi se apresentar ao tenente, falando em nome do Benone. A conversa foi mais ou menos assim: Benone é músico; de vez em quando ele toca para mim em minha casa, e você é músico também? Eu engano um pouco. Aqui não tem enganador, está com sua inscrição aí? Ao abrir a carteira onde estava a inscrição. Encontrava-se também uma foto sua em companhia das vedetes da TV Tupi, no programa do Joel de Almeida; uma das vedetes era Salomé Parisi, muito conhecida na época. Ele viu a foto então a conversa se tornou diferente: ué que é isso aí? Deixa-me ver. Você está no meio dessa mulherada toda, então você é bom, é um profissional. Sou mais ou menos. Não você é um dos meus.
 
Estava ele incorporado à força Pública do Estado de São Paulo.
 
Em 62 os três foram viajar juntos para a Argentina. Osvaldinho, Don Pandeiro e o Escurinho, pela primeira vez fora do Brasil, junto com a Salomé Parisi, que era uma ótima cantora, cantavam pra caramba. Foi assim que conheceu boa parte da América do Sul, como o Uruguai e Paraguai.
 
Depois da América do Sul, foi à vez de conhecer a Europa, estando ele em vários países. Em companhia do empresário Franco Fontana, que viajava muito pelo mundo como Israel, Estados Unidos, Mônaco, Itália.
 
Só na Itália conheceu dezessete cidades, também foi Nelson Aires para o Japão varia vezes, dando aulas de percussão. Trabalho muito lá conheceu algumas escolas de samba japonesas como a Escola de Samba dos Bárbaros e a Escola de Samba O Morro da Cara Chata. Entre as viagens que fez a Europa, merece referência uma a Holanda. Ele foi para Amsterdã duas vezes, a convite do percussionista brasileiro Alaor Soares que vive lá a mais tempo em Amsterdã. Osvaldinho conheceu o fundador da Escola de Samba Trepa no Coqueiro, de Portugal.
 
Em 1967 Osvaldinho começa uma nova fase na sua vida artística: ele é convidado para ser o novo integrante do conjunto Demônios da Garoa, um conjunto que já vinha de longa data fazendo muito sucesso.
 
Naquele ano ele foi chamado pela gravadora Chantecler, que ficava atrás da Praça da República, para gravar às nove horas da manhã. Devia levar a cuíca, pois a música a ser gravada tinha que ter cuíca. Como ele gravava muito, às vezes gravava e nem se quer sabia quem era o artista; quase sempre eram artistas famosos. Em breve estava tocando nas emissoras de rádio.
 
Ele chegou na hora marcada, entrou no corredor da Chantecler sentou e ficou esperando. Em seguida entrou o Toninho do conjunto Demônios da Garoa, junto com Ventura Ramires, e foi lá para dentro, "me cumprimentaram "bom dia", e ficaram por ali, na sala, sentados.
 
Depois um foi falar com o diretor, que era o Brás Bacarim, em seguida voltou impaciente até que chegaram os outros componentes do conjunto: o Arnaldo com o irmão dele, o Claudio; também me cumprimentaram. Vão pra lá. Vem pra cá, toma café e as horas passam: nove meia, dez horas, e eles são muito pontuais em tudo. Aí o Toninho, que é espanhol explosivo disse, "ora que diabo, cadê esse cuiqueiro que não vem pô. Vamos ou não vamos começar essa gravação”.
 
"Eu ouvi, estava na sala ao lado, e falei: "Pô, cuiqueiro sou eu"." Eles responderam: " É você? Porque não falou logo, pô, nós estamos esperando um baita negrão; pensávamos que era um Criolo”.
 
Naquela época o conjunto era o Arnaldo que era um dos primeiros fundadores; o Toninho; o Ventura Ramires, que tocava violão de sete cordas; Canhotinha e o Claudio, que era irmão do Arnaldo, que era a segunda voz. Tinha uma voz maravilhosa. Ele entrou no conjunto em quarenta e sete e saiu em oitenta e um. "Bem, entramos e gravamos a música que foi um grande sucesso "mulher, patrão e cachaça" era do Adoniran Barbosa. O conjunto tinha que se apresentar na televisão Record, num grande festival, a Bienal do Samba, em que os maiores compositores da história do Samba.
 
Nos anos 80 o Arnaldo fez uma cirurgia de abdômen, pensando que ia morrer; estava muito grave a situação dele, então Toninho chamou Osvaldinho para substituir o Arnaldo. Ele aceitou, e foi trabalhar com eles. Tirou licença sem vencimento no seu emprego e ficou com o conjunto por mais dois anos.
 
Osvaldinho ficou no conjunto até o carnaval de 99, quando houve uma pequena divergência por causa de Escola de Samba.
 
Foi ele que levou o conjunto para a Escola de Samba VAI-VAI.
 
No ano seguinte o conjunto Demônios da Garoa foram homenageados na Escola de Samba Rosas de Ouro, só que a VAI-VAI, escola do coração de Osvaldinho, sai na frente da Rosas de Ouro. Então era impossível desfilar nas duas além do mais o conjunto estava escalado para desfilar em cima de um carro alegórico, o que dificultaria muito, pois só é possível subir nos carros com o auxílio de escadas ou empilhadeiras, e somente na concentração.
 
No dia do desfile, ligaram para Osvaldinho que fosse pegar a roupa para o desfile na Rosas de Ouro. Ele retrucou, dizendo que não iria, pois desfilaria na VAI-VAI. Isso gerou uma discussão. Na semana seguinte impediram que Oswaldinho participasse de um Show que ele próprio é que tinha arrumado no Clube da Polícia Militar. Muito chateado, Osvaldinho ficou afastado do conjunto.
 
"Depois desse ocorrido nós reatamos a amizade; hoje somos bons amigos. Só que não tenho participado das apresentações; a gente está sempre se encontrando; tenho orgulho de ter trabalhado com eles e tenho certeza também que nunca deixei a desejar”.
 
A vida de Osvaldinho é assim, ora percorrendo o Brasil, ora a Europa, ora o Ocidente. A mais recente viagem foi à Rússia com a Escola de Samba Vai-Vai em 2001. Oswaldinho também participou de vários programas de televisão, TV Tupi, TV Excelsior, TV Globo, TV Record e de todos os festivais da "música popular brasileira", "I Bienal do Samba", e outros mais. Casa noturna trabalhou em algumas delas como Jogral, Casa-Amarela, Teleco-Teco, Hotel Hilton, Galeria Metrópole, Oba - Oba do Sargentelli.
 
Osvaldinho relembrando um pouco de sua vida e das atividades do samba, 1o samba de Osvaldinho e Nelson Gaya em 1959 compôs o samba do "Cordão Carnavalesco Garotos do Tucuruvi."
 
MINHA GENTE
QUEM VEM LÁ
ESCUTA-SE A BATERIA DAQUI
ÊÊÊÊÊ JÁ VI
SÃO OS GAROTOS DO TUCURUVI
ELES VÃO ABAFAR
JÁ ESTÃO BRILHANDO
CADÊNCIA DE BATERIA MARCANDO
CABROCHAS ASSIM EU NUNCA VI
Ê Ê SÃO OS GAROTOS DO TUCURUVI
Ê Ê SÃO OS GAROTOS DO TUCURUVI
 
Em 72, quando a Escola de Samba Vai-Vai deixou de ser cordão e se transformou em Escola de Samba. Osvaldinho se integrou a ela na época, fazia parte da nova diretoria o Renato Correia e Castro (Renatão) da TV Globo, Ângelo Careca, Dirceu Leme do Jornal das Folhas eles convidaram Oswaldinho para ajudar a transformar o cordão Vai-Vai.
 
Osvaldinho achou então necessário criar à ala dos compositores que não existia. Começou a levar para a escola compositores famosos, como a dupla Edson e Aluísio que compôs o samba "Não deixe o Samba morrer, não deixe o Samba acabar", veio também Papete e outros compositores, em 75 fez o samba enredo "O Guarani" ele e o Papete. Em 77 o Sr. Dráuzio da Cruz presidente da Escola de Samba Império do Samba de Santos homenageou "Cidadão Imperial". Alguma das agremiações que ele participou do Bloco Carnavalesco Só falta você, bloco do São Paulo Futebol Clube, cordão das irmãs Ibeji, Passo de Ouro, X9 Paulistana, Renascença da Lapa, Acadêmicos do Tucuruvi, Gaviões da Fiel, no final de 1975, perto da estreia do bloco Gaviões da Fiel no carnaval paulistano, ele foi chamado para o que seria o seu primeiro samba e defendê-lo cantando no desfile era um samba sobre... o Corinthians, é claro! Deu tudo certo. Logo no desfile inaugural, os Gaviões da Fiel sagraram-se campeão da categoria bloco especial.
 
1ª Escola de Samba pedagógica idealizado pela professora de português Ilka Brunilde Laurito e a professora Maria Aparecida Lima Martins e o Oswaldinho da Cuíca montaram uma escola de samba para o Colégio Padre Manuel de Paiva com porta-bandeira, mestre-sala, comissão de frente, alas, ala das baianas, ala de passista e bateria, os estudantes apresentaram-se com grande interpretação o samba enredo. A bateria estava a cargo do considerado "Mago da cuíca e de mil e outros instrumentos", agremiação se apresentou pelas ruas do bairro e em outros estabelecimentos de ensaio sempre durante o ano letivo.
 
Em 25 de Janeiro de 2000 inaugurou o Cordão Carnavalesco Ziriguidum o nome de Ziriguidum veio de uma expressão criada e usada por uma pessoa muito querida no Rio de Janeiro, com quem ele trabalhou muito: era Monsueto Menezes. Ziriguidum é um som de samba; você não precisa traduzir: qualquer estrangeiro, qualquer pessoa ouvindo ziriguidum não esquece mais.
 
Conseguiu até fazer o batismo do cordão no ano 2001. Foram realizados na passarela do samba dois desfiles, com certeza de seiscentas pessoas, com bumbo, Zé Pereira, bumbos bem grandes conseguidos emprestados nas academias de música nos conservatórios.
 
O cordão tinha características antigas: tinha oito balizas, dez instrumentos de metais, instrumentos de corda, cavaquinho, violões e bateria. Na bateria foram misturados alunos dos conservatórios musicais que sabiam tocar marcha. A maioria foi do conservatório Souza Lima. Foi convidada uma ONG. A casa Zezinho da Zona Sul, uma das maiores organizações de crianças carentes em São Paulo, para fazer a abertura do cordão. As crianças estavam vestidas de Saci Pererê. Mas esse sonho perdurou pouco tempo, tornando-se para Oswaldinho um pesadelo, porque adveio-lhe a doença, fase que mais produziu; fez filme, documentários, livros, palestras, shows, CD com o título: (Osvaldinho convida) pela gravadora (Rios).
 
Ganhou muitas homenagens e troféus; Ex: 4ª Mostra internacional do cinema negro 2007. Em Santos no Quilombo do Pai Felipe - Club do choro santista- prefeitura da cidade de Santos e todas as escolas de Samba Santista. Congratulado com medalha Anchieta na Assembleia Legislativa - na Câmara Municipal e no Senado Federal em Brasília. Além de receber constantemente homenagens nas comunidades sambisticas da periferia e das escolas de samba e Troféu Raça Negra p/ Afrobras.
 
Estas são algumas obras que Sr. Osvaldo Barro conhecido no mundo como 1º Cidadão Samba de São Paulo.


 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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