::.. CARNAVAL 2010 - G.R.C.E.S. MANCHA VERDE................................
FICHA TÉCNICA
Data:  12/02/2010
Ordem de entrada:  4
Enredo:  Aos Mestres com Carinho! Mancha Verde Ensina Como Criar Identidade
Carnavalesco:  Cláudio Cavalcante - "Cebola"
Grupo:  Especial
Classificação:  4º
Pontuação Total:  269,00
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  Paulo Serdan de Aquino
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  Mestres Caju e Mestre Moleza
Intérprete:  Vagner Mariano - "Vaguinho"
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  Viviane Araújo
Mestre-Sala:  Fabiano Dourado
Porta-bandeira:  Jessica Gioz
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO

Samba Enredo
COMPOSITORES: Celson Mody/ Vitor Gabriel/ BieL/ ANDRÉ RICARDO

 

É mais do que educação... (MANCHA)

Guerreira, traduz ensino em emoção

Transforma a história em fantasia

Representando a arte que inspira

A contemplar... na Grécia a fonte do saber

Traçando assim a identidade para o meu viver

Seguindo os caminhos da vida busquei

Na China o segredo da alma encontrei

A mente e o corpo a equilibrar

Sagrada cultura milenar

Vi caravelas cruzando mares, continentes

Trazendo ao dono desta terra, a devoção

 

Pajé, Pajé...

Na beira da mata dançou... ôôô

A sua cultura ensinou, encantou

A força da fé, pra catequizar

O jesuíta trouxe de além-mar

 

Numa folha qualquer

Escreve a arte que me faz sonhar

Mesmo perseguido, oprimido

Não se deixou calar!

Em meu Brasil, "Gigante Menino", trilhou seu destino

Se renovando com a era digital

Aplausos aos Mestres do samba

Docentes da escola de bambas

Me fez assim, orgulho do país

Estrela-Mãe que me guia, norma da sabedoria

Sou eterno aprendiz

Puro balanço, samba de raiz!

 

Eu bato no peito

Sou Mancha Verde até morrer!

Aos Mestres com carinho vou cantar

Em verde e branco eternizar!

 

SINOPSE DO ENREDO
Carnavalescos
Autor: Claudio Cavalcante (Cebola)
Carnavalesco: Claudio Cavalcante (Cebola)


A Escola de Samba Mancha Verde completa 10 anos de história. E nesta data importante, faz uma homenagem tanto aos mestres que a ajudaram em sua trajetória, quanto aos que através dos tempos, impulsionaram com o ensino, a criação da identidade de povos pela cultura e socialização.

Em razão da auto-descoberta pelo aprendizado, denominamos a revelação do “eu” como sujeito “pensamento”. Esse “eu” torna-se testemunha do fenômeno que tem lugar em si mesmo.

Identidade
Termo de origem latina, formado a partir do adjetivo “idem” (com significado de “o mesmo”) e do sufixo “dade” (indicador de um estado ou qualidade). Sendo qualificadora daquilo que é idêntico ou o mesmo, sendo, portanto, identificadora de algo que permanece. No pensamento grego, Sócrates e Platão destacam-se pela sua preocupação em definir o que são as coisas, ou seja, em descobrir e fixar as essências das coisas, restabelecendo o ponto de vista da verdade na filosofia. No sentido socrático e platônico, a definição parte do principio da identidade e permanência dos entes e, para ultrapassar o problema da unidade e da multiplicidade, Platão recorre ao “mundo das idéias”, sendo que o ser verdadeiro não está nas coisas, mas sim fora delas. Nesta linha de pensamento, a identidade encontra-se nas idéias, pelo fato destas não estarem sujeitas ao movimento e à multiplicidade. Generalizando, em termos filosóficos, a identidade traduz coincidência de uma substância consigo mesma e o primeiro principio lógico do pensamento é o princípio da identidade, o qual compreende o sentido da lei suprema do ser (princípio metafísico) e o da lei suprema do pensamento (princípio lógico). “Penso, logo existo”.

História do Ensino
Há 2400 anos, morria Sócrates. Filho de escultor e de uma parteira, ele foi mais do que um filósofo, na época em que a Grécia era o centro do universo. Nas ruas de Atenas, dedicava-se a ensinar a virtude e a sabedoria. Revolucionário, rejeitava o modelo vigente, segundo qual, o conhecimento devia ser transmitido “de cima para baixo”. Seu método era dialogar com pequenos grupos em praças e mercados. Usava a consciência da própria ignorância (“só sei que nada sei”) para mostrar que todos nós construímos conceitos. Acreditava que era preciso levar em conta o que a criança já sabia para ajuda-la a crescer intelectualmente. Na época, essas práticas representavam uma ameaça, porque tiravam o mestre do pedestal para aproxima-lo do discípulos – exatamente o contrário do que faziam os sofistas, estudiosos e viajantes profissionais que cobravam caro por uma educação elitizada. Por isso, Sócrates foi levado a julgamento e punido com a condenação à morte bebendo cicuta, veneno extraído dessa planta. Vários séculos se passaram, até que suas idéias fossem colocadas em seu devido lugar: o de primeiro professor da civilização ocidental. Professor, palavra de origem latina, é aquele que professa ou ensina uma ciência, uma arte, uma técnica, uma disciplina. É o mestre. Como tal, deve dar exemplo, ser respeitado e imitado.

Povos Primitivos
Os feiticeiros, curandeiros e esconjurados, falavam com os espíritos e transmitiam os conhecimentos para as crianças e para o resto da tribo. Para suprir as necessidades do dia-a-dia, como alimentação e vestuário, as crianças imitavam os adultos.
China
A educação era baseada na “decoreba”. As classes – sempre barulhentas, com todos repetindo em voz alta os textos de Confúcio e seus discípulos – funcionavam em qualquer sala vaga em residências particulares.

Grécia
Os anciãos educavam os jovens a qualquer hora e qualquer lugar. O mestre era o exemplo a ser admirado. Mulheres tinham direito à educação, para se tornarem boas mães de guerreiros. No século V a.C., os sofistas – estudiosos profissionais – cobravam cara para transmitir conhecimentos, adquiridos em viagens e leituras.

Roma
O lar, era o centro da educação. As escolas elementares funcionavam em ruas, praças ou entrada de templos. Só apareceram como edifícios próprios para o ensino com a expansão do Império Romano sobre a Grécia, para imposição dos costumes. Os preceptores, muitas vezes escravos, não mereciam atenção das autoridades.

Século VIII
Ênfase na educação religiosa, como forma de combater o paganismo dos gregos. O imperador Carlos Magno, editava várias capitulares sobre a educação. A de 787, ordenava que os sacerdotes e monges estudassem as letras. Dois anos depois, todo mosteiro abadia era obrigado a ter a própria escola, para ensinar salmos, músicas, canto, aritmética e gramática.

Século XI
Em 1088, surge a primeira universidade do mundo, em Bolonha (Itália), com ensino independente da igreja. Dois séculos depois, 74 instituições de ensino são criadas por papas e monarcas, estendendo aos membros da universidade os provilégios do clero, como isenção de serviço militar, impostos e taxas.

Século XIV
Na sociedade asteca, sacerdotes controlavam a educação. As calmecas eram escolas especiais que treinavam meninos e meninas para tarefas religiosas. As crianças menos disciplinadas iam para telpuchcallis, ou “casa da juventude”, onde aprendiam histórias, tradições, artesanato e normas religiosas. O renascimento marca a retomada dos valores da literatura e da filosofia grega. Petrarca e Boccaccio, entre outros, davam aulas particulares para complementar o salário da universidade. Vittorino da Feltre, o primeiro mestre moderno, funda a “Casa Amena”, onde ensinava literatura e história, ao invés de línguas. Esportes e jogos mesclavam os estudos.

O ensino no Brasil

Antes de Cabral
Não há registros sobre a educação na “Ilha de Vera Cruz” antes da chegada das caravelas portuguesas à costa da Bahia. Sabe-se, porém, que os curumins eram instruídos por muitos adultos (pais, tios, avós), principalmente entre os tupis-guaranis. Em algumas tribos, o pajé era o responsável por passar valores culturais.

Século XVI
Jesuítas chefiado pelo Padre Manoel Nóbrega, chegavam em 1549 para catequizar e educar os índios e dar aulas para os filhos dos colonos. A educação era baseada na hierarquia e na religião. Os filhos da nobreza e da classe dominante, estudavam em Lisboa, Londres, Paris e Rom. Sob a direção do sacerdote Vicente Rijo (ou Rodrigues), o primeiro mestre-escola do Brasil, foi fundada em Salvador, a primeira “escola de ler e escrever”, o coleio de São Salvador, posteriormente rebatizado Colégio dos meninos de Jesus na cidade de Salvador, com “boa capela, livraria e alguns trinta cubículos. O edifício era de pedra e cal de ostra, construído pelos próprios religiosos com a ajuda dos índios.

Século XVIII
Com a expulsão dos jesuítas, em 1759, dezenas de colégios, seminários e missões são fechados. Na área educacional, seus substitutos eram os padres franciscanos, beneditinos e carmelitas, além de pessoas da sociedade sem preparo para instrução. O Marquês de Pombal, ministro dos Negócios Estrangeiros e Gente de Guerra, introduz o ensino público.

Século XX
“O mundo depende dos mestres para despertar nos alunos a compreensão que pode gerar a verdadeira paz e justiça entre os homens.”

Em 1930, o Estado de São Paulo decidiu reduzir os vencimentos dos professores para poupar recursos públicos. Neste mesmo ano, nasceu o ministério dos Negócios da Educação e da Saúde Pública. Manifestações e processos na justiça se arrastaram até os anos 30. A primeira universidade do Brasil, a do Paraná, foi inaugurada em 1912. 8 anos depois, a do Rio de Janeiro, abriu suas portas. A década é marcada pelo aumento do número de escolas. Diversos Institutos de Educação, formam professores em nível superior e dão nova dimensão à carreira. Os Manifestos dos Pioneiros da Educação Nova, de 1932, critica as reformas sem consistências, fragmentárias e desarticuladas da educação. O que seria o 1º plano Nacional da Educação – elaborado pelo Conselho Nacional de Educação depois de uma ampla pesquisa em instituições culturais e com especialistas – tem sua promulgação adiada pela instituição do Estado Novo, em 1937. A legislação prioriza o ensino pré-vocacional e profissionalizante para classes menos favorecidas. Após a 2ª Guerra, a educação entra em crise e educadores procuram fomentar a solidariedade para a construção de um mundo melhor. Só em 1953 o curso normal passa a ter equivalência em relação aos cursos de Ensino Médio para ingresso na faculdade. A lei de Diretrizes e Bases da Educação é aprovada em 1961, descentralizando os serviços de ensino. Seu texto garante autonomia às escolas e poder ao professor para avaliar a aprendizagem. O golpe de 1964, reprime toda e qualquer manifestação crítica. Grêmios estudantis transformam-se em centros cívicos. Professores universitários e pensadores são exilados. O regime militar cria o Mobral para acabar com o analfabetismo – um estrondoso fracasso. Em 1988, a nova Constituição é uma luz de esperança. Ela obriga União e os Estados a aplicar, uma porcentagem da receita em educação. No ano seguinte, professores de São Paulo fazem uma greve para melhores salários. Outras paralisações ocorrem em 1993 e 2000. Em 1996, é promulgada a nova LDB e o MEC edita parâmetros Curriculares Nacionais. Um ano mais tarde, entra em vigor o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e da Valorização do Magistério (Fundef).

Século XXI
O Brasil torna-se o 6º país do mundo em número de alunos: mais de 54 milhões. Com a introdução do uso de computadores e da Internet no ensino, visando uma melhoria da aprendizagem de conteúdos, mudou-se a postura do educador e do aluno, tornando o uso de laboratórios de informática um hábito. Ao introduzir a informatização no ensino precisou-se que os professores fosse preparados para orientar o uso da tecnologia, para que pudessem ser construídos projetos pedagógicos onde a internet estivesse presente como uma ferramenta de ensino.

A Mancha Verde dedica com amor aos seus mestres (Aos mestre com carinho)

“Mestre,
É assim que posso te chamar
Pois você me ensinou tantas coisas,
Ajudou-me dar tantos passos.
Talvez você ache que apenas fez o básico,
Mas para mim, você fez o essencial
Para que eu pudesse dar meus passos firmes.
Você me ensinou que cada pergunta
Pode ter mais do que uma resposta
E que a resposta a escolher é aquela
Que mais nos faz bem.
Você foi mais do que um professor;
Foi um amigo, foi meu guia.
E sei que isso não é possível esquecer.
Hoje, a Mancha Verde presenteia vocês, mestres,
Com flores, carinho e respeito
Que tiveram a sabia arte de ensinar a termos nossa própria identidade....
Sabemos que seria impossível, esquecê-los.

“Dona Norma (in memoriam), Sr. Basílio (in memoriam), Sr. Chiclé (in memoriam), Hélio Bagunça (in memoriam), Mãe Creuza, Seu Nenê, Sr. Ernane, Presidente Sidnei Carrioulo e todos os professores que nos ensinam todos os dias a arte de viver:

Mestre... é aquele que caminha com o tempo, propondo paz, fazendo comunhão, despertando sabedoria.
Mestre é aquele que estende a mão, inicia o diálogo e encaminha para a aventura da vida. Não é o que ensina fórmulas, regras, raciocínios, mas o que questiona e desperta para a realidade. Não é aquele que dá de ser saber, mas aquele que faz germinar o saber do discípulo.
Mestre é você, meu professor e amigo que me compreende, me estimula, me comunica e me enriquece com sua presença, seu saber e sua ternura. Eu serei sempre um discípulo na escola da vida!

Aos Mestres com Carinho! Mancha Verde “ensina” como criar identidade!

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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