::.. CARNAVAL 2008 - G. GAVIÕES DA FIEL TORCIDA................................
FICHA TÉCNICA
Data:  01/02/2008
Ordem de entrada:  1
Enredo:  Nas asas dos Gaviões, rumo ao portal dos Sertões - Santana de Parnaíba: berço de bandeirantes
Carnavalesco:  Mauro Quintaes
Grupo:  Especial
Classificação:  11º
Pontuação Total:  87,50 - [Vejas as justificativas]
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  22
Presidente:  Wellington Rocha - "Tonhão"
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  Mestre Pantchinho
Intérprete:  Ernesto Teixeira
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  Livia Andrade
Mestre-Sala:  Bozó
Porta-bandeira:  Gisleine
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO
AO VIVO DA AVENIDA

COMPOSITOR
COMPOSITOR: Fabinho do Cavaco

 

Voei com bravura e coragem

Rumo ao portal do meu Brasil

Anhanguera em árdua trajetória

Foi em busca de riquezas

Desbravando o sertão

Ouro, prata, pedras preciosas

Esperança reluzindo no olhar

Aventuras entre rios e cascatas

Magias e batalhas, o futuro a conquistar

 

A energia pioneira, brasileira, veio de lá!

Usina condutora do progresso

Fez o bonde caminhar...

 

Celebração em comunhão

Meu samba é a alma viva da nação

Empolga numa firme batucada

No requebro da mulata, dona do meu coração

Arquitetura, herança cultural

Patrimônio nacional

Buscando a sabedoria

O povo de fé trilha o caminho do sol

São Jorge peço a sua proteção

Santana de Parnaíba é divina inspiração

 

Vou viajar nesta paixão

Vou mergulhar nessa história

Com amor e devoção

Sou fiel, sou Gavião!

 

SINOPSE DO ENREDO
Carnavalescos
Carnavalesco: Mauro Quintaes

Gaviões em revoada partem rumo ao improvável. Num vôo rasante, encontram em terras de Santana de Parnaíba o portal de entrada para uma história de coragem, luta, esperança e fé. Coragem para desbravar e romper pelas terras de um país recém-descoberto. Luta pela sobrevivência diante do desconhecido interior do Brasil. Esperança em um futuro banhado de riqueza escondida mata adentro. Fé em Santa Ana, inspiradora e homenageada no nome da cidade de quem hoje fazemos enredo. Uma devoção nascida do sonho de Suzana Dias, fundadora da cidade ao lado do filho André Fernandes. Ao ter uma visão da santa, Suzana pediu que em sua glória fosse erguida uma igreja, hoje a matriz do município.

Nascida às margens do rio Tietê, conhecido como Anhembi até o início do século XVIII, a cidade de Santana de Paranaíba viu partir de suas terras muitas das expedições de bandeirantes que iriam contribuir para a expansão do território brasileiro, cortando as matas rumo ao sertão, ou, em sua forma original, “desertão”. O termo, que significa “desabitado”, logo foi desmentido pelas expedições
No caminho, encontraram várias tribos nativas que ora lhes ajudavam, ora lhes atacavam. A história registra personagens importantes do movimento bandeirista, entre eles Bartolomeu Bueno da Silva, que nasceu em Santana de Parnaíba e seguiu pelo interior do Brasil, chegando ao sertão de Goiás. Ali lançou mão de um truque para impressionar os índios ateando fogo à aguardente como se estivesse incendiando os rios. Diante dessa visão, os índios lhe deram o apelido de “Anhangüera”, que quer dizer “Diabo Velho”.

As viagens seguiam em seu destino incerto. No olhar delirante dos desbravadores, a mata se transforma em ouro. Frutos e flores, em pedras preciosas. As águas dos rios, lagos e cachoeiras que os conduzem Brasil adentro são como tapetes de prata, que reluzem numa fantástica alucinação, causadas não apenas pelo cansaço, fome e pelas doenças contraídas no caminho, mas pelo sonho de riqueza instantânea.

Mesmo em condições adversas, foram estas expedições as responsáveis pela expansão do território brasileiro. E de Santana de Parnaíba, muitos desses bravos aventureiros partiram. Alguns por ali ficaram. Outros poucos retornaram. Mas, por meio dessas trilhas desafiadoras, construíram a grandiosa aventura de abrir caminho rumo ao coração do Brasil.

O tempo passa e as mesmas águas que guiaram os bravos bandeirantes também conduzem aos caminhos do desenvolvimento. As seqüências de quedas d’água do rio Tietê fizeram dali o local propício para a construção da Hidrelétrica de Parnahyba. Uma das maravilhas do recém-chegado século XX, a energia elétrica provoca profundas transformações na cidade e na região.

A Usina foi inaugurada em 1901. Era época da chegada do Art Nouveau ao Brasil, um estilo artístico inspirado nas formas orgânicas e na valorização da natureza, esta mesma provedora do progresso que se acelera nas terras de Santana. A energia gerada pela hidrelétrica era de tamanha potência que chegou a ser aproveitada para mover os bondes da grande São Paulo. Ou seja, a força-motor que impulsionou a próspera capital paulista veio inicialmente de Santana de Parnaíba. Sutilezas da história de um lugar onde as glórias do passado se encontram nas conquistas do presente.

O samba que hoje embala nossos bandeirantes Gaviões é o mesmo descrito pelo modernista Mário de Andrade na década de 30. Ao pesquisar as origens do samba rural paulista, encontrou não apenas um ritmo, mas uma verdadeira celebração viva no requebro das ancas das lindas negras e do ritmo forte marcado pelos bumbos. Uma batucada que nasceu nas fazendas de café e se disseminou por várias regiões do estado.

Além do samba, a herança cultural de Santana de Parnaíba também está presente no seu valioso conjunto arquitetônico. Um orgulho para a cidade, testemunha das várias transformações ao longo dos séculos, que não perde o traço pioneiro do passado, a modernidade do presente e o arrojo do futuro. A antiga vila nascida da fé de seus habitantes encontra ainda hoje sua vocação de portal de um novo mundo ao preparar os viajantes antes de uma outra longa jornada.

Santana de Parnaíba é o marco zero do Caminho do Sol (versão brasileira do Caminho de Santiago de Compostela), de onde partem peregrinos que encontram o prazer de percorrer um trajeto em direção ao interior de São Paulo, rumo ao interior de si mesmo. A busca dos bandeirantes por riquezas encontra um contraponto no caminho desses bandeirantes da fé, que, despojados materialmente, trazem consigo apenas as reflexões sobre o real sentido da vida. Uma viagem esotérica em direção ao próprio conhecimento.

É na alma pioneira e inovadora dos nossos bandeirantes gaviões que encontramos a força para seguir adiante. E vamos nós desbravando os próprios limites num caminho de emoção que percorre a passarela do Anhembi, este palco onde todos os nossos sonhos se tornam possíveis. Esta é a nossa fé. Que Santana e São Jorge nos guiem rumo a um grande carnaval. Avante Gaviões, rumo ao portal dos sertões!

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



MAIS INFORMAÇÕES SOBRE G. GAVIÕES DA FIEL TORCIDA
HISTÓRIA | CARNAVAIS | HINO | CURIOSIDADES

 


:: SASP - SOCIEDADE DOS AMANTES DO SAMBA PAULISTA ::
WWW.CARNAVALPAULISTANO.COM.BR
SASP - UMA ENTIDADE COM DIFERENCIAL !!

Copyright ©2000-2024 | Todos os Direitos Reservados