|   O G.R.E.S. Unidos de 
		Vila Maria pretende com esse tema levantar um pouco do passado da 
		história da espionagem; mostrar que ela, apesar de possuir uma conotação 
		de ficção, está mais presente do que nunca em nosso cotiadiano e como 
		ela se afigura como algo temerário para o futuro se nós não ficarmos 
		alertas para o uso que dela pode ser feita. Em anexo, enviamos 
		cópias de reportagens e notícias recentes sobre o tema para comprovar a 
		pertinência do tema e como ele merece ser apresentado na avenida. PASSADO A história do homem foi 
		muitas vezes salva pela atuação de algum espião ao longo da história. Já 
		ocorreram momentos nos quais a ação deles foi decisiva para a 
		continuidade da vida de muitos povos ou da raça inteira. Os livros sobre 
		mitologia grega narram a história de Prometeu, que teria salvado a raça 
		humana do sofrimento eterno, já que, vendo os homens passarem fome e 
		feio por não possuir fogo, espionou Zeus para descobrir onde ele 
		guardava as chamas. O herói roubou então o fogo e entregou aos homens 
		que puderam se estabelecer com segurança na Terra. Devido a esse fato, 
		Prometeu foi acorrentado num penhasco para que uma águia viesse todos os 
		dias comer seu fígado. Durante a noite, os ferimentos eram curados e, no 
		dia seguinte, o sofrimento dele recomeçava. Quando houve o dilúvio 
		bíblico, Noé enviou uma pomba para encontrar terra firme e poder 
		reiniciar o povoamento do planeta. A espionagem não é uma 
		atividade recente na História da humanidade. Entre os hititas, povo 
		indo-europeu que há mais de 3 mil anos habitava a região onde hoje é a 
		Turquia, já circulavam informes sobre os inimigos, escritos em pedaços 
		de argila. O primeiro tratado conhecido sobre espionagem é do ano 510 
		antes de Cristo. Chama-se "Princípios da Guerra", e foi elaborado pelo 
		estrategista chinês Sun-Tzu. Nos séculos XV e XVI, 
		algumas nações européias enviaram navegadores para espionar além-mar em 
		busca de novas terras e conquistas. Dessas pesquisas é que surge a rota 
		para o Novo Mundo. Casanova, que passou 
		para a História como um famoso amante, espionou para Luís XV, rei da 
		França, durante a Guerra dos 7 anos. Mais recentemente, já 
		em nosso século, a importância estratégica da espionagem é inegável. Mata Hari a espiã mais 
		famosa do mundo, foi morta por um esquadrão de fuzilamento francês em 
		1917. Acusada de espionar para a Alemanha, alegou inocência até à morte. 
		Segundo ela, o dinheiro que tinha ganhado de um alemão era por ser 
		amante dele e não por espionar. O momento maior da 
		presença e importância dos espiões foi pós Segunda Guerra. É chamada 
		Guerra Fria... Do lado americano, a CIA. Do lado russo, a KGB. As 
		técnicas de espionagem foram super modernizadas: canetas-máquinas 
		fotográficas, anéis porta veneno, guarda-chuvas metralhadoras, etc. 
		Belas e sedutoras mulheres foram usadas na contra-espionagem. Nos EUA, o casal 
		Rosenberg foi morto na cadeira elétrica em 1953. Foram acusados pela CIA 
		de ambos serem traidores, já que supostamente entregaram planos da Bomba 
		Atômica para os russos. Negaram o fato até a morte. Esse clima fez com que 
		a espionagem fosse um dos temas mais freqüentes no cinema a partir da 
		década de 60. A primeira coisa que geralmente nos vem à cabeça quando 
		falamos de cinema é o super espião britânico James Bond. O próprio Ian 
		Fleming, autor dos livros nos quais 007 apareceu, foi um espião 
		britânico em Moscou. PRESENTE No nosso cotidiano essa 
		figura que parece tão distante, aparece mais do que imaginamos. As forças armadas de 
		todo mundo possuem setores estratégicos que utilizam a espionagem como 
		arma. Os paparazzi são os 
		conhecidos jornalistas que espionam a vida dos famosos com o objetivo de 
		rechear as revistas e jornais especializados em escândalos. No futebol a figura do 
		espião é fundamental. A própria seleção brasileira tem um olheiro 
		oficial, Jairo de Souza, desde 1978. Os grandes clubes enviam esses 
		olheiros nos campos da periferia para encontrar meninos talentosos. Quantas vizinhas já 
		arrumaram confusão por ficar espionando na janela a vida alheia. Nas indústrias há um 
		grande temor com relação à espionagem industrial. O caso mais famoso, 
		foi a tentativa de roubo dos planos do avião Concorde, que quase deu 
		certo, mas foi interceptado a tempo. O espião contratado havia colocado 
		cópias  reduzidas das plantas dentro de um tubo de pasta de dente. Os voyers são os 
		espiões com outro objetivo: prazer sexual. Ficam espreitando pelas 
		fechaduras ou com lunetas nos prédios à procura de cenas sensuais ou 
		corpos nus. Os alcagoetes, vulgo 
		caguetas, muitas vezes são espiões a serviço da polícia. Durante o mês 
		de novembro fomos bombardeados pela imprensa com notícias sobre o 
		"grampo telefônico", que nada mais é do que uma estratégia de 
		espionagem. FUTURO A espionagem espacial 
		já é uma realidade, os satélites estão no espaço fotografando e 
		localizando fábricas ou refinarias em todo o planeta. Eles já se 
		tornaram fortes aliados nos esquemas militares das grandes nações. Nas ruas, já começamos 
		a perceber uma realidade que pode ser dramática no futuro: nosso 
		cotidiano está sendo vigiado por câmeras instaladas por toda parte: 
		radares fotográficos de trânsito, câmeras nos cruzamentos principais do 
		centro, nos supermercados, nos bancos. Há na internet um site no qual 
		podemos acompanhar o cotidiano de uma pequena cidade dos EUA. As 
		inúmeras câmeras estão ligadas 24 horas por dia. 
		Isso pode ser prenúncio de um mundo 
		futuro, descrito no livro "1984", cujo autor acreditava que teremos no 
		futuro o "Grande Irmão" que nos vigiará até na nossa intimidade, já que, 
		para controlar o planeta, instalará câmeras em todos os ambientes 
		imagináveis a fim de evitar que alguém fuja às regras que serão 
		estabelecidas.   |