Em todas as culturas 
							do passado, através de pesquisas intensas, 
							deparei-me com vários rituais correlacionados com o 
							assunto "amor". Como não poderia ser diferente na 
							nossa cultura indígena também encontramos este 
							ritual com o nome de Muyrakitan e Tembetá, o Talismã 
							do Amor.
							
							Pesquisando mais a 
							fundo e para o meu assombro e porque não espanto, 
							descobri que esse ritual fora introduzido em nosso 
							país (pasmem) pelo Vikings. Isso mesmo, pelos 
							nórdicos piratas do mar, em uma época longínqua que 
							a própria história não registrou. Pois, quando 
							iríamos imaginar que navios enormes e compridos, 
							houvessem navegado pelo Rio Amazonas, repletos de 
							guerreiros armados com espadas, armaduras e fortes 
							escudos. Tudo o que não foi registrado e não obteve 
							o aval da ciência, por falta de maiores provas 
							documentadas e que consequentemente não tenha 
							entrado para os anais da história, passou a ser 
							lendas que o povo conta, sendo assim o histórico dos 
							Vikings na América tornou-se uma lenda; mas para 
							alguns conceituados pesquisadores do passado e 
							principalmente dos dias atuais, estão resgatando e 
							reunindo provas que faz com que pensemos seriamente 
							a respeito.
							
							Os Vikings se tornaram 
							famosos por serem guerreiros, aventureiros corajosos 
							e ambiciosos, pois na região nórdica onde o frio e 
							as baixas temperaturas predominam, fizeram com que 
							se juventurassem em busca de terras férteis e 
							quentes, tornando-se assim grandes navegadores e 
							inovadores na arte de navegar, famosos por 
							construírem grandes navios, sendo os primeiros em 
							toda a Europa do Norte, a usarem velas em suas 
							expedições, cruzando assim com audácia e coragem os 
							mares, inclusive o Atlântico onde se instalaram 
							temporariamente no litoral da América.
							
							De boca em boca foram 
							ditos que grandes embarcações, mais de 40 navios, 
							ostentando enormes cabeças de dragões em suas proas, 
							os chamados Drakkars - compridos barcos a vela e a 
							remo esculpidos em madeira - navegaram pelas águas 
							do Rio Amazonas por volta de 570 d.C., trazendo em 
							cada navio até 60 pessoas entre homens e mulheres, 
							conhecidos como Godos e milhares de guerreiros mais 
							conhecidos como bárbaros pela sua fúria em saquear 
							tudo que encontrassem pela frente, e como em toda a 
							civilização, os Vikings também tinham suas crenças e 
							divindades, orientados pelo Deus do Sol Baldur - 
							durante o dia, e durante a noite pela Deus da Lua 
							Skuld - e com a cabeça do Dragão como escudo para 
							espantar os maus espíritos do mar, adentraram na 
							Floresta Amazônica, a imensidão e o silencio 
							assustou e invocando Thor (Pai dos Deuses) com o seu 
							martelo para atrair boa sorte e Urd (Mãe do Destino) 
							seguiram em busca de terra firme.
							
							Com o passar do tempo 
							os guerreiros pela sua natureza nômade, não se 
							fizaram na Amazônia, voltando ao seu país de origem 
							contando história de uma terra nova e próspera a "HyBreasael", 
							somente os Godos permaneceram, e construíram uma 
							Cidade Fortaleza na foz do Rio Amazonas, nascendo 
							assim uma civilização nórdica em terras brasileiras, 
							mantendo o alfabeto rúnico como escrita, sua música 
							alegre e festiva, com a bênção de Freya (Deusa da 
							Sensualidade) e Freyr (Deus do Amor), mas com toda a 
							coragem e determinação, esta fortaleza foi sucumbida 
							por freqüentes ataques indígenas, ocasionando a 
							morte de todos os homens, e com receio de novos 
							ataques as mulheres altas, loiras, ruivas de longas 
							tranças, destemidas e guerreiras, decidiram 
							abandonar a fortaleza e se fizeram em outra região 
							da Amazônia, dando assim origem a linhagem das 
							mulheres amazonas que manejavam corajosamente e com 
							destreza o arco e a fecha.
							
							Orlando Villas Boas, 
							relata a existência dos índios brancos, índios de 
							pele e cabelos claros anelados, que viviam na região 
							do Rio Madeira, o uso da plumagem e os símbolos 
							comuns aos indígenas, faz com que tenhamos a certeza 
							de que são descendentes dessas bravas mulheres com 
							os índios da região, inclusive deu-se o sincretismo 
							religioso e a miscigenação da cultura, onde 
							encontramos o ritual do Talismã do Amor.
							
							O ritual inicia quando 
							as jovens virgens no apogeu da Lua Cheia (Iaci) em 
							seu terceiro dia, ilumina com esplendor as matas 
							amazônicas e ajoelhadas aos pés da Jurema (Árvore do 
							Destino) proclamam por felicidade amorosa e 
							fertilidade, e durante toda à noite mergulham na 
							Lagoa Sagrada e retiram do seu fundo uma espécie de 
							argila esverdeada, e de volta a jurema depositam 
							essa argila em uma fôrma de forma arredondada que 
							depois de seca servirá como talismã que deverá ser 
							usada na orelha esquerda para identificar que são 
							virgens e prontas para casar, esse talismã tem o 
							nome de Muyrakitan e é oferecida a Iara (Deusa da 
							Sensualidade).
							
							No dia seguinte ao 
							meio-dia sob a proteção de Guaracy (Deus do Sol), os 
							jovens guerreiros rendem-se em homenagem e pedem ao 
							Deus Sol a prosperidade nas caças, proteção nas 
							guerras e felicidade no amor, e como as mulheres, 
							mergulham o dia todo na Lagoa Sagrada e retiram 
							também a argila esverdeada que depositam em uma 
							fôrma de forma T que depois de seca servirá como 
							talismã e deverá ser usado no pescoço anunciando que 
							já são guerreiros e prontos para casar, esse talismã 
							tem o nome de Tembetá, e é oferecido a Perudã (Deus 
							do Amor).
							
							No dia seguinte da 
							secagem desses talismãs, as jovens e os jovens são 
							preparados, pintados e enfeitados com penas de aves 
							raras, as jovens levadas pelas índias velhas e os 
							jovens pelos índios velhos, ao centro da tribo em 
							círculo e postados em frente ao altar do Deus do 
							Amor Perudã e da Deusa da Sensualidade Iara, dá-se o 
							início da cerimônia de apresentação à sociedade com 
							a entrega dos talismãs pelo Cacique e pelo Pajé da 
							tribo, dando assim o início da dança do Ritual do 
							Talismã do Amor - a escolha da jovem virgem pelo 
							jovem guerreiro para constituírem família, para dar 
							continuidade a raça com a vinda dos Curumins.
							
							O curioso e que da 
							mesma forma as mulheres Vikings, que mais tarde se 
							tornaram Amazonas, realizavam o mesmo ritual nas 
							noites de Lua Cheia, que certamente eram escolhidas 
							pelos índios, originando-se assim o sincretismo com 
							os deuses, como podemos ver:
							
							Deus do Sol - Bladur = 
							Guaracy
							
							Deusa da Lua - Skuld = 
							Iaci
							
							Deusa do Amor - Freyr 
							= Perudã
							
							Deusa da Sensualidade 
							- Freya = Iara
							
							Deusa do Destino - Urd 
							= Jurema
							
							A semelhança não pára 
							por aí, os símbolos dos Talismãs Muyrakitan (de 
							forma arredondada) e Tembetá (de forma T), e igual à 
							de dois símbolos rúnicos da escrita nórdica GER (que 
							significa bons frutos, felicidade amorosa e 
							fertilidade) e o EOLH (que significa guerreiro, 
							protetor e a busca do amor e da felicidade).
							
							Como podemos 
							considerar esses históricos como mera 
							"coincidência", se a 278 km de Teresina no Piauí 
							fica a cidade de Sete Cidades onde é encontrado um 
							conjunto de rochas com formatos estranhos e desenhos 
							incompreensíveis, confundida por especialistas 
							arqueólogos alemães que ficaram perplexos ao verem 
							as fotos desta cidade e juraram ser o Parque 
							Nacional Alemão, como também explicar desenhos 
							rúnicos em vários tipos de cerâmica na Ilha de 
							Marajó, a presença marcante nas formas das carrancas 
							encontradas nos barcos que navegam o Rio São 
							Francisco, de construção semelhante a dos Drakkars 
							Vikings com velas ao centro, entre tantas outras 
							coincidências.
							
							Esse é o nosso Brasil 
							cheio de mistérios, controvérsias, encantos e 
							magias, com um coração generoso abraçando o mundo, 
							adotando e dando as mãos a todos que o procuram, 
							seja de qualquer raça, credo, religião ou costumes, 
							abençoado por Deus e pela natureza, quanta história 
							ainda está escondida ou esquecida, quantas lendas 
							ainda a nos dizer a verdade, lendas que hoje nos 
							encantam e nos ensinam, quanta sabedoria dos nossos 
							índios, quantos mistérios ainda a ser desvendados. 
							Mas isto é uma história que fica para uma outra 
							vez...