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        G.R.E.S. Unidos do Vale Encantado dá um mergulho em busca da maior
        conquista da humanidade: o domínio do fogo. 
        Para
        sabermos um pouco mais sobre o assunto viajaremos há bilhões de anos
        atrás, onde o universo era um grande manto escuro iluminado por
        estrelas e asteróides que até hoje embelezam o nosso universo. Em uma
        dessas grandes estrelas - sol - vários blocos foram se desprendendo e
        se distanciando de sua superfície, girndo num lindo bailado
        gravitacional. Dando origem aos planetas de nosso Sistema Solar. 
        Cada
        planeta foi tomando características independentes, porém com uma fina
        tênue ligada ao astro rei. Esses planetas foram sofrendo um processo de
        resfriamento de fora para dentro. Milhares de anos depois, no planeta
        Terra, surgiram os primeiros sinais de que futuramente seríamos (ou
        não) os únicos habitantes do universo. 
        Grandes
        montanhas expelindo lavas incandescentes, plantas e animais gigantescos
        prenunciavam que aquele planeta se diferenciava dos demais no nosso
        sistema solar. Uma nova e fantástica forma de vida se inicia. O Homem. 
        O
        DOMINIO DO FOGO PELO HOMEM 
        No
        início um ser rude, mas com a futura missão de se adequar ao seu novo
        habitat. O homem primitivo, com suas vestes de couro de animais e suas
        armas de oedra talhada certamente tinha uma vida bem menos confortável
        que a nossa, que gozamos no conforto da idade moderna. Mas o que seria
        de nós sem esses homens que viviam em cavernas para se proteger do frio
        e do perigo, que comiam seus alimentos crus e tinham uma expectativa de
        vida de apenas 25 anos. Foram eles que realizaram a maior conquista do
        homem: o domínio do fogo. A partir de então, tudo na vida do homem
        começaria a mudar. 
        O
        fogo trouxe uma vida melhor ao homem, proporcionou luz e calor, ajudou-o
        a espantar o medo e os animais ferozes e ainda serviu para que ele
        preparasse seus alimentos. Com o domínio do fogo o homem começou o seu
        desenvolvimento, abandonou as cavernas em busca de novos abrigos e com
        isso dava os primeiros passos da civilização. 
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        assim, junto com o homem, o fogo se espalhou por todos os lados. 
        O
        homem então ateou fogo a sua imaginação, começou a produzir objetos
        através do calor do fogo, atravessando a Idade da Pedra até atingir a
        Idade do Bronze, onde se desenvolveu a cultura material humana, com a
        fabricação de vários utensílios domésticos e armas de bronze.
        Começam a surgir pequenas cidades por toda Ásia em torno do rio Tigre
        e Eufrates e também à beira do rio Nilo. O que demonsta que o homem se
        tornou capaz de viver em grandes grupos. 
        A
        vaidade e também a curiosidade levam o homem a descobrir inclusive a
        fabricação do vidro, que surgiu por volta de 2000 a.C. no Egito e na
        Mesopotâmia desenvolvendo uma verdadeira arte de encanto e fascinação
        aos olhos das pessoas. O homem, até hoje, utiliza o vidro em várias
        finalidades, entre elas a fabricação de recipients utilitários,
        objetos decorativos e ornamentais inclusive jóias. 
        O
        tempo foi passando e foram aparecendo novas formas para o homem dominar
        o fogo: as grandes fundições, a descoberta da eletricidade, as
        indústrias... O fogo então passou a ser coadjuvante da história, mas
        não podemos nos tornar indiferentes à sua importância. 
        Em
        todos os povos e em todas as religiões de nosso pequeno planeta existem
        cultos ao fogo, não importa o quão distante e isalda seja. A
        veneração do fogo é uma das manifestações humanas mais antigas a
        que se tem conhecimento e muitos deuses surgiram para representar essa
        divindade. Desde os povos pré-hindus onde havia o deus do fogo Agni,
        até os gregos onde se destacam Prometeu, Héstia (deusa do lar) e
        Hefesto (deus do fogo), atingindo o seu ápice na antiga Pérsia, onde
        acreditavam que o fogo seria a manifestação terrena do divino (Luz
        Divina). 
        O
        fogo também ainda está presente na cozinha brasileira, e diariamente
        enche a boca dos brasileiros de pratos apetitosos em nossa farta
        culinária. 
        Hoje
        nós já temos as luzes que iluminam nossos passos durante a noite, as
        grandes indústrias que fazem tudo automatizadas. Os carros que queimam
        combustível. Os aparelhos de TV e muitas outras coisas que não
        exitstiriam se não fosse o calor do fogo. Agora só vemos a fumaça e a
        poluição e quase não vemos uma fogueira acesa reunindo os homens. As
        pessoas se recolheram para dentro de suas cavernas modernas cheias de
        luxo e conforto. 
        Mas
        infelizmente, com tantos benefícios que o fogo é capaz de fornecer,
        nem tudo é alegria nessa festa, pois algumas pessoas ainda insistem em
        fazer mal uso do fogo, construindo armas, provocando queimadas, levando
        medo e destruição para a população, esquecendo o verdadeiro sentido
        do fogo, que é o de espantar o medo e o frio e permitir que os homens
        vivam em união. Mas mesmo que a ignorância do homem comece a destruir
        todas as nossas conquistas uma chama ainda permanecerá acesa. É a
        chama dos nossos corações, como dizia o poeta Luiz Vaz de Camões
        "o amor é fogo que arde sem ver..." 
        Agora
        vamos esquentar nossos pandeiros e esquecer as dificuldades do mundo em
        que vivemos para podermos homenagear o fogo e tudo que ele nos
        proporciona em todos os dias do ano. É hora de cair na folia, é hora
        de acendermos a chama em nosso peito e nunca deixarmos que ninguém a
        apague. 
        Vai
        lá, meu Vale, bota fogo nessa avenida! 
        A
        festa que nossa escola faz há 15 anos na avenida estará reforçada por
        essa história rica em luta e dignidade, que só Hussein Abdo El Salan
        soube viver. 
        Obrigado
        Sr. Jamil. 
		
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