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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.E.S. PRIMEIRA DA ACLIMAÇÃO - CARNAVAL 2020
Enredo: Aclimação nas águas sagradas do sol e da lua

O Grêmio Recreativo
Autores: Jota Muniz e Mazinho

Apresentação
 
Em sua Quadragésima apresentação a Escola de Samba Primeira da Aclimação resolveu escolher uma lenda Amazônica. E de forma carnavalesca, vem mostrar na passarela do samba de São Paulo, um misto de realidade e lenda, baseado em historiadores. Um o explorador, conquistador e corregedor espanhol Francisco Orellana e o outro Frei Gaspar de Carvajal que participaram de uma expedição e deram testemunho da existência de mulheres guerreiras, no que são acompanhados por descrições de diversos índios. Mas estes não falavam em amazonas até porque não sabiam o significado, e sim falavam das Icamiabas (mulheres sem marido) que é a designação genérica dada as índias que teriam formado uma tribo de mulheres guerreiras que não aceitavam a presença masculina compondo uma sociedade matriarcal sem homens.

Vamos relatar aqui o lago Sagrado, os Muiraquitãs, da lenda do amor do sol e da lua.

Vamos navegar nas águas do rio Tapajós junto com a tribo dos Guaracis e buscar nos povos da floresta toda essa magia que aflora na mente das pessoas, para que em nosso desfile possamos mostrar os mitos e lendas que habitam o pulmão do mundo: a Amazônia.

Vamos mergulhar nessas águas e descobrir a morada da lua e ver o sol penetrando em suas águas em busca de sua amada. No fundo de um lago rico em nefrita, onde a Aclimação se infiltrará nessas águas sagradas do sol e da lua, onde sempre afirmamos entre a realidade e a lenda, vamos sempre acreditar na lenda. 
 
Primeira Parte - As Icamiabas... Mulheres Guerreiras

O nome AMAZONAS que batiza o maior estado do Brasil e também o segundo maior rio do mundo, tem origem em uma lenda.

Quando expedicionários espanhóis liderados por Francisco Orellana e o frei Gaspar Carvajal chegaram na foz do rio Tapajós com o rio Amazonas foram surpreendidos por um grupo de mulheres guerreiras que lutavam nuas e viviam em sua tribo isoladas e sem homens: as Icamiabas.

Eram mulheres altas e musculosas, cabelos compridos e negros de muita beleza. Eram eximias com arco e flecha.

Segundo os índios Guaracis, a palavra Icamiabas, são mulheres sem maridos, e segundo a lenda foram elas que capitularam para sacrifício Kananciuê, o sol e Nhamundá a lua, seres encantados da mata amazônica.

As Amazonas também faziam uma festa anual, onde convidavam os jovens índios Guaracis para fecundá-las em uma noite de amor. Depois desses atos as Amazonas mergulhavam no lago Yaci-uaruá (lago da Lua) ou lago das pedras verdes, e lá no fundo tiravam um barro esverdeado, e no próprio fundo moldavam amuletos em forma de borboletas. Estes amuletos eram chamados de Muriaquitãs, que em contato com o ar endureciam rapidamente. Estes amuletos eram entregue aos jovens índios que o exibiam em seus pescoços.

As Icamiabas também cultuavam dois seres encantados da floresta Mayná, a borboleta dourada, e a Nahiá a borboleta prateada e por esse motivo que moldavam figuras de borboletas nos muriaquitãs. Lenda ou não é que muitos mistérios rondam as matas do imenso Amazonas, dos seus rios, das suas nascentes e da lagoa verde onde a lua faz morada.
 
Segunda Parte - Muriaquitãs, o Talismã Sagrado

Era no lago verde irradiado pelo sol que as Amazonas (Icamiabas) faziam seus muriaquitãs, motivos semelhantes levam esse grande contingente populacional a se deslocar para Alter do chão que significa desambiguação, uma vila turística localizada na margem direita do rio Tapajós e ligada por via rodoviária a cidade de Santarém.

O rio possui característica única entre os afluentes do rio Amazonas, suas águas cristalinas, e em frente à vila, com a descida das  suas águas durante o verão, surge uma lagoa de cor verde cercadas de bancos de areia bem alva e branca apropriadamente denominada de lago verde. O lago verde também é chamado pelas tribos de lago dos Muriaquitãs. Era no lago verde que essas guerreiras recolhiam um mineral esverdeado para produzir seus muriaquitãs, pequeno artefatos, na referida pedra em forma de borboletas na qual se atribuíram grandes virtudes.

Os amuletos também eram oferecidos a mãe lua que foi sacrificada no lago em troca de favores.

Diz à lenda que no fundo do lago há uma imensa pedra verde, que é mágica e esta escondida, e essa pedra que dá a cor verde ao lago quando a luz do sol  o penetra durante o dia.

Terceira Parte - Os Guaracis e as Borboletas
 
A tribo dos índios Guaracis às vezes entendido como aquele que dá a vida a todos os seres vivos que são identificados com Deus grego-romano Apolo, o hindu Brama e com o egípcio Osíris, era a tribo mais próxima das Icamiabas. Dizem que elas realizam anualmente, uma festa dedicada ao lago das pedras verdes. E que durante essas festas convidavam os jovens índios Guaracis, com o qual se acasalavam.

Depois do acasalamento, mergulhavam no lago sagrado e iam buscar no fundo a matéria prima com que moldavam os amuletos (Muriaquitãs) os quais ao saírem das águas endureciam. Todos os amuletos eram em formas de borboletas, onde depois de prontos os amuletos eram presente aos seus conselheiros com o qual tinham feito amor... Os que recebiam usavam orgulhosamente pendurados ao pescoço.

No ano seguinte, na realização da festa, as mulheres que tinham parido ficavam com as filhas mulheres e os filhos homens eram entregue aos Guaracis.

Quando eram entregue os meninos os amuletos pendurados no pescoço dos índios se transformavam em seres vivos fazendo assim uma bela revoada de borboletas sagradas.
 
Quarta Parte - Da Morada do Sol e da Lua
 
Contam os antigos índios e ribeirinhos que nas florestas da Amazônia existem dois (2)  seres encantados. Um era um jovem de nome Kanauciué um ser místico e do corpo dourado e também uma bela e jovem índia de nome Nhanundá muito meiga serena e muito clara que sua cor a noite ficava prateada estes dois seres eram apaixonados, até que um dia foram capturados pelas Icamiabas, ele foi entregue aos Guaracis e ela oferecida em sacrifício para o lago sagrado Iaci-uaruá (espelho da lua), por sua vez os Guaracis aprisionaram Kanauciué, para que ali o mesmo morresse de fome e sede. Depois de vários dias aprisionado o jovem perdeu o sentido desfalecendo. Foi ai que outro ser iluminado Mainá, a borboleta dourada, o pegou e o levou ao céu onde o mesmo se tornou uma enorme bola de fogo virando o sol, desde o nascimento até o poente ele procurava por sua amada. Já Nhacundá foi retirada do lago e levada ao céu por Nahiá a borboletas prateada transformando a mesma em lua. Do amor do sol e da lua nasceram suas filhas as estrelas. Durante o dia a lua se esconde no lago sagrado e seu amado, o sol forte e radiante penetra nessas águas durante o dia para aquecer e acalentar a sua amada lua fazendo com que o lago fique numa cor verde intensa. Durante o dia, sendo chamado pelos nativos de lago das pedras verdes.

 


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