
Sinopse
Negra, negra mulher e de raça sim senhor, a sua história não é curta e nem sem conduta, é o que é graças a sua origem, seus antepassados, seu DNA África, berço da humanidade e de todas as divindades, não nega sua ancestralidade africana, são únicas e indescritíveis, Candaces rainhas de fé, sua imigração forçada causou a diáspora negra e que hoje se faz presente com toda a sua legião africana.
Hoje a Príncipe Negro vem homenagear a todas as mulheres negras que fizeram parte da história do nosso país, e em especial nossa baluarte que recentemente nos deixou. Queremos exaltar a negritude feminina e a sua ancestralidade, que corre nas veias passadas de geração a geração! Falar de mulheres que fizeram história, deixaram legado e se perpetuaram. Vamos fazer uma kizomba das mulheres negras, uma festa da raça de guerreiras históricas.
Há, sua história não, sua história não esquece e não esmorece. falar de nossa raça é falar do coração, com amor e respeito em cada fantasia, em cada verso escrito com muita dedicação e devoção. São mulheres negras, são mães de santo, sambistas e, tantas outras personagens históricas em nosso enredo, histórias que hoje se faz presente nesse Carnaval.
Nossa Senhora Aparecida
É a forma como nossa senhora é carinhosamente chamada no brasil, país do qual é padroeira. ela é reverenciada numa estátua de nossa senhora da conceição, vestida com um manto azul todo enfeitado. Santa negra que semeia a fé pelo nosso país.
Julieta da Silva Vieira
Bisneta de escravos alforriados, matriarca da família foi uma grande carnavalesca da Escola de Samba Principe Negro oriunda de uma grande família de sambista faleceu em 2017 deixando um legado de amor e respeito ao carnaval de São Paulo semeou a semente do samba para seus irmãos, filhos, bisnetos e toda a comunidade da Cidade Tiradentes sendo a pioneira na introdução do carnaval no nosso bairro
Tia Ciata
Levou o samba de roda para o Rio de Janeiro, foi a mais famosa das tias baianas Ialorixás do candomblé era nas comidas e vestimentas que expressava suas convicções a sua fé no candomblé - sua casa sempre aberta para os grandes sambistas e até hoje citada como um marco para a evolução do samba.
Yabás (Mães de Cabeça)
É o termo dado aos orixás femininos no Brasil. que são responsáveis pelo equilíbrio da terra e da vida. Deusas africanas, guerreiras que migraram para o brasil em meio a escravidão, com a devoção e religiosidade dos nossos antepassados.
Mãe Menininha do Gantois
Foi uma ialorixá (mãe de santo) brasileira, filha de oxum. Descendente de africanos ainda criança foi escolhida para ser iniciada no culto aos orixás. ela abriu as portas do terreiro aos brancos e católicos. nunca deixou de ir á missa e até convenceu os bispos da Bahía a permitir a entrada nas igrejas de mulheres, inclusive vestidas com as roupas tradicionais do candomblé.
Essas são apenas algumas referências de grandes mulheres e divindades negras guerreiras que são exemplos de resistência, de lutas sociais e raciais e mantiveram firmes suas raízes ancestrais africanas.
Mais do que nunca queremos deixar a todas as mulheres negras um agradecimento mais do que especial por serem guerreiras de fibras, queremos mostrar ao mundo que sim, vocês têm história, vocês têm cultura. Negra mulher você a personagem principal do nosso enredo e nada mais justo do que uma homenagem em nosso carnaval!
A todos o nosso muito obrigado.
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