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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.E.S. COLORADO DO BRÁS - CARNAVAL 2000
Enredo: As Amazonas, Guerreiras no Mito, Guerreiras na Vida

O Grêmio Recreativo
Autor: Eduardo Caetano

 

PARTE 1

O Sol com toda sua formosura no tamanho e força, não perde sua beleza, beleza essa comparada às guerreiras de Capadócia, as Amazonas. Outros sóis que iluminaram e iluminam o mundo com sua coragem, luta e alvor, tornando-se verdadeiras mulheres maravilhosas que assim como o Sol, guiam com seus raios outros pequenos sóis que seguem diversos caminhos e crescem grandes, grandes e fortes como as amazonas.

Frei Gaspar de Carvajal, cronista de viagem, relatou o encontro que Francisco de Orellana e seus companheiros teriam tido com as Amazonas, em 1541 aqui na América do Sul. Levados pelo espírito de aventura à procura do lendário país de Canela e também pela necessidade de arranjar mantimentos, os espanhóis enveredaram por um braço do Rio Napo e ali encontraram a tribo das Amazonas. Sob uma única rainha, residiam em muitos povoados, mulheres de alto porte, seminuas com cabelos longos que manejavam com habilidade o arco e a flecha. Seu território era rico em ouro e prata, adornavam-se com coroas douradas e viriam afastadas dos homens, salvo em determinadas épocas em que estes eram convocados para fins de procriação. Poupavam as meninas recém-nascidas, as pequenas flores, as quais seriam preparadas para se tornarem grandes Amazonas, eliminando os meninos ou devolvendo-os aos pais depois de um ano. Outro padre espanhol, Alonso de Rojas, foi quem deu o nome tradicional as altivas mulheres guerreiras encontradas nas margens do Rio que Pinzón tornou-se Rio Amazonas. Com o tempo, outros viajantes e até cientistas falaram das Amazonas brasileiras.

Mas a tradição é mais antiga, nasceu na mitologia grega, desenvolveu-se na Idade Média, para se implantar na América ao tempo de Colombo. Os gregos foram os primeiros a falar dessas criaturas singulares. Até as batizaram, pois em grego o "A", quer dizer sem, e mazóis significa seios. De fato o retrato clássico das Amazonas é o que as representa como mulheres sem o seio direito. Quando pequenas, mocinhas, deviam queimá-lo ou comprimi-lo com ataduras até que ficasse atrofiado para não dificultar o manejo do arco e lança, suas armas inseparáveis.

As notícias mais antigas a respeito das Amazonas dizem que habitavam um reino pequenino na Região do Ponto, entre a Europa e a Ásia, a Capadócia. Em expedições guerreiras viajavam por terra e por mar, e tais viagens explicam como as referências às Amazonas Asiáticas se entroncam com a lenda Sul Americana e brasileira. Algumas de suas heroínas ocuparam lugar de destaque nas principais obras de literatura clássica, grega e latina, depois nos romances medievais de cavalaria, sendo elas cavalgadoras e grandes conhecedoras de cavalos.

PARTE 2

Faz parte da lenda do Muraquitã - um trabalho de jade (mineral duro compacto esverdeado) encontrado na área do Baixo Amazonas, afirmar que era presente das Amazonas aos homens que as usavam anualmente. Em noites de lua cheia, elas mergulhavam no Iaci-Uaruá, o lago da lua, e retiravam do fundo o jade ainda mole que em seguida moldavam, dando-lhe a forma de peixe, tartaruga, sapo e outros. O possuidor de um Muiraquitã é ainda hoje considerado um felizardo protegido contra infortúnios.

PARTE 3

Na organização social, política e econômica, as mulheres assumem essa postura na necessidade de manter sua família perante as dificuldades, Amazonas que lutam com garras e dentes para defenderem sua família, seu território. Mulheres de fibra, brilhantes que se destacam no trabalho, nos esportes, nas artes e nas lutas do dia a dia. E é esta mulher que está ai frente ao ano 2000 na virada deste milênio de cara e coração aberto ao futuro contando junto a história desses 500 anos de Brasil já que em uma grande nação existem grandes homens e grandes mulheres, grandes Amazonas.

Estamos cercados de mulheres, sempre imponentes com sua obstinada alegria na beleza de um flor, mas com a força de uma guerreira, guerreira esta que nos ensina que na pequena grande obra de nascer, crescer, viver e semear, há, inúmeras lições que devemos ensinar e aprender.

 


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